EDUCAÇÃO Em média, pessoas que se formam em faculdade têm acesso a salário superior
O salário para quem tem curso superior em Araçatuba é 105,76% maior de apenas concluiu o Ensino Médio. De acordo com levantamento feito pela reportagem da Folha da Região com base nos dados da Fundação Seade, uma pessoa que terminou uma faculdade tem um salário médio de R$ 4.469 no município. Quem terminou o Ensino Médio tem soldo mensal de R$ 2.172. Ainda de acordo com a entidade, o salário de uma pessoa que tem o Ensino Fundamental é de R$ 1.958.
O salário médio em Araçatuba é de R$ 2.594, bem abaixo da média do Estado, que é de R$ 3.512. O administrador de empresas Romualdo Freitas, que é diretor de Recursos Humanos de uma empresa do ramo de tecnologia de Araçatuba, disse que os números da Fundação Seade refletem a proximidade do que é encontrado no mercado de trabalho local. ,”Na verdade, em todo lugar, qualquer País, a pessoa que estuda mais tem mais chances de alcançar os maiores salários. Porém, é importante destacar que outras habilidades são importantes para se ganhar bem, como a aplicação no cotidiano do conhecimento, conhecimento técnico na função exercida e habilidades de trabalhar em grupo e se comunicar bem”, diz Freitas, ainda.
Ainda de acordo com o levantamento feito pela Folha, quando se discrimina por profissão, os profissionais de atividade de assuntos financeiros têm os maiores salários em Araçatuba, chegando a R$ 7,3 mil. Os profissionais ligados à produção florestal estão na segunda colocação, com salário de R$ 6,3 mil.
Em relação aos empregos, segundo a Seade, o comércio varejista é o campo que mais gera empregos na cidade, sendo responsável por 20,6% das vagas. Em seguida, estão as atividades ligadas à saúde humana, com 8,1% de participação.
No último domingo, a Folha da Região divulgou, também baseado em dados da Fundação que as responsáveis pela maioria das matrículas nos cursos superiores mais procurados na região de Araçatuba. Na faculdade com maior número de demanda, que é o de Pedagogia, elas ocupam 3.331 das cadeiras nas salas de aula, o que significa 93,5% das 3.562 inscrições. No Direito, que é o segundo curso com maior número de matrículas, são 1870 alunas, que representam 54,4% dos 3.440 acadêmicos da área.
PREJUÍZO
Ao longo das próximas décadas, os brasileiros terão uma das maiores perdas de renda entre as grandes economias globais em função do fechamento de escolas na pandemia.
Segundo estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), o aprendizado incompleto durante a crise sanitária, se não for remediado, pode diminuir o rendimento médio dessa geração de estudantes em 9,1% ao longo da vida.
O prognóstico coloca o Brasil na terceira pior posição entre os países do G20, atrás apenas da Indonésia -onde a perda é estimada em 9,7%- e do México, que lidera o ranking com 9,9%.
O relatório, divulgado nesta terça-feira (17), destaca que o impacto da pandemia na educação é algo sem precedentes e que os efeitos na economia, na desigualdade e na renda da população poderão ser sentidos por muito tempo.
Só nos anos de 2020 e 2021, as interrupções nas escolas afetaram 1,6 bilhão de alunos em todo o mundo. Embora tenham atingido todos os países do G20, as perdas de aprendizado recaíram desproporcionalmente sobre os países emergentes, com consequências ainda mais graves para as populações vulneráveis.

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