Em evento na cidade de São Paulo, nesta quinta (19), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil já saiu do “inferno” da inflação e que é “natural” ele continuar no cargo em um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro.
Horas depois da declaração do ministro, em um evento de uma consultoria econômica em São Paulo, o próprio Ministério da Economia anunciou um aumento de 6,5% para 7,9% da estimativa da inflação oficial para este ano.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação em abril registrou alta de 1,06%, a maior para o mês desde 1996.
Além disso, segundo o Banco Central, os analistas do mercado financeiro preveem a inflação em 7,89% ao final de 2022. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
“Está faltando manteiga na Holanda, tem gente brigando na fila da gasolina no interior da Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40 anos e vai ter dois dígitos já já. Eles estão indo para o inferno. Nós já saímos do inferno, conhecemos o caminho e sabemos como se sai rápido do fundo do poço”, declarou Guedes em evento da Arko Advice e Traders Club.
Para conter a alta de preços, o Banco Central tem subido os juros básicos da economia há 15 meses. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, o maior patamar em mais de cinco anos.
Ainda no evento desta quinta-feira, Paulo Guedes disse ser “natural” continuar no cargo de ministro se o presidente Jair Bolsonaro for reeleito. “Se essa coalizão seguir, é natural que eu ajude, que eu apoie, que eu esteja lá”, declarou.
“Em um aliança de liberais conservadores, vão apoiar, vão acelerar privatizações, vamos zerar o IPI, vamos aprofundar o choque de energia barata. Se essa for a música, vou correndo atrás. Se a música mudar, estou velhinho, estou cansado, não consigo tirar férias. Mas parece que a banda está tocando bem”, acrescentou.
*Por g1.
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