Na tarde desta terça-feira (10), a delegada Adriana Belém foi presa em seu apartamento, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ela é um dos alvos da Operação Calígula, que foi deflagrada na manhã desta terça.
Na residência de Adriana, foram apreendidos quase R$ 2 milhões de reais em dinheiro. O mandado foi expedido pela 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
“O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Riode Janeiro, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias)”, diz a decisão do juiz Bruno Monteiro Ruliere.
O juiz cita ainda que o dinheiro achado dá “credibilidade ao receio de que, em liberdade, a ré destrua ou oculte provas ou crie embaraços aos atos de instrução criminal”.
Em agosto de 2021, Adriana foi nomeada para um cargo na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro. De acordo com o portal da transparência, o salário dela é de R$ 8.345,14. Segundo a prefeitura, ela será exonerada nesta terça (10).
A ação combate uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais.
Ao todo, foram expedidos 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Foram denunciadas 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No momento, 11 pessoas já foram presas.
*Por G1.
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