A Folha da Região tem feito um trabalho social contínuo de discutir, neste espaço, as políticas públicas, a cidadania e a responsabilidade social de governos, empresas e cada pessoa em sua vida cotidiana. Este jornal faz parte de uma rede nacional que busca ser útil na construção de um Brasil mais justo e perfeito.
E dados científicos e pesquisas sérias são sempre apontadas por este jornal para ajudar os seus leitores a pensarem sobre o cotidiano de uma forma segura e assertiva. A informação é fundamental para que o cidadão possa exercer seus direitos e cobrar seus direitos. Às vezes são estudos complexos sobre fome e meio ambiente, mas às vezes um simples olhar para as ações do dia-a-dia já ajuda a perceber que nem sempre é preciso grande esforço intelectual ou comportamental para atingir saltos no processo de desenvolvimento coletivo. No editorial de hoje, a Folha destaca, por exemplo, uma manifestação feita ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em que afirma que medidas como boa higiene das mãos podem prevenir 70% das infecções em ambiente de cuidados de saúde.
A agência das Nações Unidas lembra que pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos e recém-nascidos são especialmente vulneráveis a infecções hospitalares e se beneficiarão de “bons programas de prevenção e controle de infecções”.
De acordo com dados de 2016 e 2017, 7% dos pacientes em hospitais de países com rendimentos altos e 15% dos de rendimentos médios e baixos terão “pelo menos uma infecção relacionada aos cuidados de saúde”.
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças estima que ocorram anualmente 4,5 milhões de infecções em países da União Europeia, não só em hospitais mas também em serviços como lares de idosos.
Cerca de um quarto das pessoas que contraem septicemia e metade das que são tratadas em unidades de cuidados intensivos morre todos os anos, com taxas de mortalidade “duplicadas ou triplicadas quando as infecções são resistentes a antibióticos”.
Em 2020 e 2021, anos em que foi sentido o impacto da pandemia de covid-19, 11% dos países não tinham qualquer programa ou plano operacional para conter as infecções, 54% tinham planos que só eram aplicados parcialmente ou não eram executados, 34% tinham planos nacionais e apenas 195 tinham mecanismos de monitoramento de eficácia.
De acordo com a organização, em 2019, “15,2% de todas as instalações de saúde cumpriam todos os requisitos mínimos para o controle de infecções”. A OMS apela a todos os países que aumentem o investimento em programas de prevenção e controle de infecções para garantir a qualidade dos cuidados prestados e a segurança dos pacientes e trabalhadores.
Uma medida simples, como lavar a mão, ajuda a salvar vida, no privado, e evitar uma pandemia, no coletivo.
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