Oito representantes de times assinam documento com a proposta da Codajas Sports Kapita
Representantes dos 23 clubes das Séries A e B se reuniram nesta terça-feira, 3, em um hotel na zona sul de São Paulo, onde encaminharam a criação da Libra, a liga de futebol brasileiro. Oito agremiações assinaram um documento prevendo a criação da nova liga, que tem como objetivo organizar o Campeonato Brasileiro, comandado atualmente pela CBF.
O bloco formado por Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo foi o primeiro a assinar o documento com a proposta da Codajas Sports Kapital. O Cruzeiro e a Ponte Preta, ambos atualmente na segunda divisão, também assinaram o acordo.
A La Liga, que organiza o Campeonato Espanhol, em conjunto com as empresas XP e Alvarez & Marsal, é outra interessada na operação, no qual acredita ser possível arrecadar 5 bilhões de euros (R$ 25 milhões) anualmente, e também enviou proposta. A outra oferta na mesa é a da LiveMode/1190, empresa que comprou os direitos de transmissão do Brasileirão pro exterior.
Um segundo bloco, formado por América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude — integrantes do Movimento Futebol Forte —, pediu mais tempo de discussão para alinhar ideias antes da criação efetiva da liga. O principal entrave é a divisão do dinheiro dos direitos de transmissão das partidas, na qual o grupo rechaça sair prejudicado.
FUTURO
Uma nova reunião com os 40 clubes está marcada para o dia 12 de maio. Nela serão discutidos os detalhes da forma e da constituição da nova Liga: quem serão os administradores, como serão divididas as cotas e os recursos, e quais os produtos oferecidos. “O objetivo é fortalecer o futebol brasileiro e a competição como um todo. O Campeonato Brasileiro precisa ser protagonista no mundo”, diz Júlio César Heerdt presidente Avai.
Dos clubes da Série A, apenas Cuiabá e Juventude não enviaram representantes. Entre os clubes na Série B, participaram da reunião Cruzeiro, Guarani, Ponte Preta, Sport e Vasco. Joge Braga, CEO do Botafogo, atuou como liderança intermediária na reunião.
“Entendemos que o próximo passo é reunir os 40 principais clubes do futebol brasileiro na sede da CBF, no dia 12, para uma posição em consenso. Até lá, todos terão tempo para avaliar os termos que estão na mesa. Temos pressa, mas não podemos errar. O futebol brasileiro precisa dar passos sólidos nesse importante momento de revolução que a Liga representa”, disse Braga em nota divulgada pelo Botafogo.
O novo formato valeria somente a partir de 2025, isso porque os contratos até 2024 já estão assinados. A CBF, por sua vez, ficaria responsável pelos jogos da seleção brasileira, Copa do Brasil e Copa do Nordeste.
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