ECONOMIA Levantamento revela crescimento de 8% do volume de negócios em um ano
As empresas da Região Administrativa de Araçatuba, exportaram no ano passado, US$ 1.098 bilhões de dólares, crescimento de 8% em comparação ao ano de 2020. As importações totalizaram US$ 132 milhões, gerando um superávit comercial de US$ 966 milhões de dólares.
Os dados do Ministério da Economia, divulgados pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de dados), foram compilados pelo professor, economista e pesquisador em economia local/ regional, Marco Aurélio Barbosa de Souza (FAC-FEA).
A pesquisa evidencia que as exportações tiveram robusto crescimento nos dois anos da pandemia, consolidando expansão de 143% em relação ao ano de 2019. Destaca-se também o aumento nos últimos 10 anos, tendo em vista que em 2012, a região consolidou exportações de US$ 521 milhões.
Para o pesquisador, o resultado apresentado pelos municípios, sinaliza positivamente para a capacidade produtiva regional e suas potencialidades de inserção internacional. O desempenho fortalece o eixo exportador como alavanca de desenvolvimento econômico local, desencadeando efeitos multiplicadores positivos para as cadeias produtivas e a geração de emprego e renda.
RANKING
No ranking de principais produtos exportados, os destaques foram para: açúcar com US$ US$ 400 milhões, correspondendo a 36,43% do total, em seguida, álcool com US$ 180 milhões (16,40%) e, na terceira posição, carnes com US$ 71 milhões (6,5%). A pauta exportadora apresenta ainda: peles; alimentos preparados para animais; produtos químicos orgânicos; gorduras e óleo animal e vegetal; calçados; caldeiras, máquinas e aparelhos mecânicos; máquinas, aparelhos e material elétrico; móveis, entre outros.
A China liderou a lista de principais mercados em 2021, com compras no valor de US$ 247 milhões de dólares, representando 22,5% do total exportado pelos municípios. Em segundo lugar, estão os EUA, para onde foram destinados US$ 120 milhões de exportações (11% do total exportado). Em seguida, Coréia do Sul, representando 10,4% (US$ 114 milhões). Canadá, Argélia e Omã, aparecem na quarta, quinta e sexta posição, com US$ 59 milhões; US$ 52 milhões e US$ 47 milhões, respectivamente.
Nota-se mudanças entre 2012 e 2021, em relação aos mercados compradores, com a redução da participação de quatro países: Reino Unidos; Rússia; Angola e México, que apareciam com principais destinos das exportações regionais em 2012.
DESAFIOS
Souza explica que entre os desafios regionais para continuidade do ciclo de ampliação das exportações e obtenção de superávits comerciais, estão está a necessidade de diversificação da pauta exportadora; agregação de valor aos produtos exportadores e incentivo para inserção de micro e pequenas empresas, para o aumento do número de empresas exportadoras nos municípios da região.
Nesse aspecto, o pesquisador aponta a possibilidade de criação de consórcios de exportações e a articulação dos municípios através de parcerias estratégicas para a constituição de um centro de inteligência em negócios internacionais, unindo instituições públicas, privadas e do ecossistema empreendedor local.
Para o economista, o crescimento das exportações regionais continua em 2022, tendo em vista que somente no primeiro trimestre do ano, os quatro maiores municípios (Araçatuba; Birigui; Penápolis e Andradina), apresentaram crescimento de 47,75% nas exportações, ante o mesmo período do ano passado, alcançando o valor de US$ 164 milhões de dólares.
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