O título deste editorial é o slogan adotado pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, que ontem fez uma mobilização Dia Nacional da Tontura.
A Folha da Região resolveu aderir ao movimento para convidar seus leitores a cuidarem deste sintoma que pode ser um indicador de algo mais grave e que precisa ser cuidado com ajuda de um especialista.
Este jornal sempre apoia iniciativas de saúde pública por acreditar que este também é o papel da imprensa séria e comprometida com a comunidade.
Presente em 42% da população adulta de São Paulo, segundo estudo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, a tontura, por muitas vezes, não costuma ser um motivo para pacientes buscarem auxílio médico. Mas, em alguns casos, ela pode trazer limitações e impactar na qualidade de vida. Por isso, quando os episódios forem frequentes, a pessoa deve sempre procurar um otorrinolaringologista.
A questão da tontura, de acordo com a associação, é um problema que acomete cerca de 30% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e afeta principalmente as mulheres, por causa dos seus ciclos hormonais, a tontura pode ser um indicador de problemas mais graves, como um acidente vascular cerebral (AVC).
A tontura ou a falta de equilíbrio e de orientação espacial pode ser uma coisa séria. Então é sempre importante averiguar o que está acontecendo porque existem muitos fatores responsáveis pela tontura. Por exemplo, uma tontura aguda, com uma vertigem, onde tudo roda, com náuseas, vômitos e em que não se consegue parar em pé pode ser um sintoma de AVC. A tontura precisa ser investigada sempre para a gente entender (o que a está provocando) já que ela é um aviso que o corpo está dando de que as coisas não estão equilibradas”.
A tontura, alerta ainda a associação, também pode estar relacionada à ansiedade, problema que se agravou durante a pandemia do novo coronavírus. Os problemas podem ser o mais diversos possíveis. Pode, por exemplo, ser um problema hormonal, metabólico, soltura dos cristais dentro do ouvido ou ansiedade, estresse, depressão.
Dados da OMS sinalizam que, no primeiro ano da pandemia, a ansiedade e a depressão cresceram 25% em todo o mundo. A própria contaminação pela covid-19 também favorece o aparecimento da tontura porque ela é uma doença trombótica, inflamatória e que pode acometer diversos sistemas. Da mesma forma que teve paciente que perdeu o olfato, teve paciente que ficou tonto ou que adquiriu o zumbido depois da covid-19.
Com saúde não se brinca. Este jornal faz coro a esta importante campanha e convida todos os seus leitores a perceberem se estão sendo acometidos deste mal. É importante sempre ouvir o que o corpo diz.
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