Na exposição, tem-se a oportunidade de um contato dirigido a um conjunto de obras da produção modernista de Arte Sacra
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, abre a exposição, “É Sacro, É Moderno – Arte Sacra dos Modernistas”, sob curadoria de Beatriz Cruz e Di Bonetti que, com cuidadosa seleção e pesquisa forma um conjunto de trabalhos de artistas do segmento, presentes ou não na Semana de Arte Moderna. O fio condutor do recorte apresentado é a dominância do tema ‘sacro’, ou relativo ao ‘sagrado’, presente em todos os trabalhos.
Aldo Bonadei, Alfredo Ceschiatti, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cândido Portinari, Clóvis Graciano, Di Cavalvanti, Djanira, George Przyrembel, Heitor Villa Lobos, Gino Bruno, Mario de Andrade, Paulo Rossi Osir, Samsom Flexor, Sylvio Alves, Thomaz Ianelli, Victor Brecheret, possuem obras em “É Sacro, É Moderno – Arte Sacra dos Modernistas”.
Embora nem todos tenham participado da “Semana de 22”, conviveram entre si, foram amigos, trocaram experiências e influenciaram uns aos outros. Anita Malfatti, “Mãe do Modernismo Brasileiro”, foi a precursora. Foi o gatilho que impulsionou a renovação estética, após angariar base de conhecimentos através de estudos na Europa e Estados Unidos.
Uma das primeiras pintoras que arriscou pintar a seu modo, com ousadia para brincar com as cores e formas. É justo afirmar que a grande maioria dos artistas e intelectuais de São Paulo na década de 20, se conheciam e se frequentavam. Anita Malfatti esteve bem perto de Tarsila do Amaral, pois as famílias eram amigas.
Em Paris, Anita tinha seu ateliê próximo ao de Brecheret e tiveram convívio durante os 5 anos que lá residiu. Anita foi, também, grande incentivadora de Di Cavalcanti, chegou a dar-lhe aulas, quando ele veio do Rio de Janeiro para morar em São Paulo. Volpi, Bonadei, Gomide, Portinari, Gino Bruno e Sylvio Alves, de uma forma e de outra, se conheciam, conviviam ou tinham amizade.
Na exposição, tem-se a oportunidade, talvez primeira, de um contato dirigido a um conjunto de obras da produção modernista de Arte Sacra, seja na pintura, escultura, música ou literatura. A arquitetura também foi incluída pois, após 100 anos, tem-se acesso às plantas e esboços da “Taperinha”, concebida em estilo neocolonial e apresentada por Przyrembel na Semana de 22.
Ao seu lado os esboços do projeto de uma de suas obras mais conhecidas em São Paulo, a Basílica Nossa Senhora do Carmo. ‘Enraizadas consciente ou inconscientemente, as temáticas sacras seguiram abordadas pelos artistas modernistas, que a partir de uma nova estética produzida, muitas vezes vista como profana, trouxeram novos olhares para o sagrado”, enfatiza a curadoria.
“O propósito em reunir obras destes artistas modernos, de cunho sacro, certifica de maneira palpável, a religiosidade impregnada em cada um deles através da influência familiar, e, dos grandes mestres”, explica Beatriz Cruz.
SERVIÇO
A exposição “Modernismo: Arte Sacra e Religiosidade” iniciou no dia 09 de abril e segue até 10 de junho de 2022 no Museu de Arte Sacra de São Paulo || MAS/SP, localizado na Avenida Tiradentes, nº 676 – Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô).
O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 09 às 17h (entrada permitida até as 16h30). Os ingressos custam R$ 6,00 (Inteira) e R$ 3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem – mediante comprovação). Aos sábados a entrada é grátis.
Crianças de até 7 anos, adultos a partir de 60, professores da rede pública, pessoas com deficiência, membros do ICOM, policiais e militares – mediante comprovação – possuem isenções.
Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site do museu, por meio do link https://bileto.sympla.com.br/event/66614/d/135120. Mais informações podem ser encontradas pelo telefone (11) 3326-5393. É obrigatório o uso de máscara e a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19.
*Por Secretaria de Cultura e Economia Criativa de SP
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