As mulheres foram a maioria das pessoas contratadas na região nos três primeiros meses do ano. A informação de que elas representam 57,17% das pessoas que tiveram a carteira assina está na edição de ontem da Folha da Região.
Segundo o estudo, entre os trabalhadores com ensino fundamental incompleto, as demissões superaram as contratações, resultando em um saldo negativo de 36 postos de trabalho. Além disso, outro sinal de alerta para os gestores de políticas públicas é a queda de 54,2% do saldo de empregos para pessoas analfabetas; com ensino fundamental incompleto e completo, no primeiro bimestre do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Este, e outros dados importantes fazem parte de um raio-x precioso para que as administrações públicas organizem suas estratégias para superação da recessão provocada pela pandemia de Covid-19.
Por meio destas pesquisas, que a Folha da Região tem se debruçado com afinco para trazer o melhor para o seu leitor. É possível entender o cenário atual e identificar quais são as maiores fontes contratadoras e também como chegar aos cidadão, por meio da educação, para garantir a qualificação necessária.
“Se o agronegócio tem garantido saldo positivo na balança comercial, os pequenos e médios empreendedores têm sustentado as famílias.”
Recentemente tem sido reforçado o entendimento que em Araçatuba, como no restante do País, são os pequenos e médios empreendedores que têm sido os motores da economia. Um levantamento divulgado ontem, feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), mostra que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 67% da criação de vagas formais no Brasil no último mês de fevereiro. Os dados foram organizados a partir da divulgação do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e mostram 220.066 novos postos de trabalho entre as MPEs.
Segundo o Sebrae, o saldo do ano é de 304.525 novas vagas nas MPEs, o equivalente a 63,5% do total. Assim, os pequenos negócios recuperaram o patamar do segundo semestre de 2021. Sem surpresa e por muita margem, o setor de serviços foi o que mais contratou entre as micro e pequenas empresas. Foram 134.024 novos empregos. A Construção Civil vem em seguida, com 31.517 novos postos de trabalho.
Vale ressaltar que, mesmo com o desenvolvimento positivo no segundo mês do ano, o Caged aponta que, no acumulado dos dois primeiros meses de 2021, os micro e pequenos negócios detinham 82,1% do volume de novas vagas; em 2022. No entanto, esse índice caiu para 68,7%, o que não tira a força deste setor para o País.
Se o agronegócio tem garantido saldo positivo na balança comercial, os pequenos e médios empreendedores têm sustentado as famílias internamente. Esperase que sejam reconhecidos e incentivados como merecem. A carga tributária é confusa e pesada demais para quem se aventura a abrir uma empresa no País.
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