Recorrentemente, a Folha da Região usa de sua linha editorial para chamar a atenção dos seus leitores sobre a importância da participação na vida política da cidade, do Estado e do País. O leitor é convidado, com certa frequência, a refletir sobre a importância do voto consciente. E neste ano de eleições, este matutino pretende intensificar esta campanha pela democracia participativa.
Como este jornal tem pregado, é importante que cada cidadão cobre projetos realizáveis dos candidatos. Não se pode decidir o futuro de uma cidade, de um Estado e da Nação com personificações. Estas aventuras em votar em nomes e não em programas reais têm custado caro ao Brasil e a todos.
Quem está sofrendo é o trabalhador, cujo o risco de desemprego é um fantasma diário; o pai e mãe de família que não encontra uma colocação no mercado; o jovem que não consegue nem estudar, nem trabalhar; e os empresários, que estão presos a um arcabouço fiscal, vendo as vendas ficarem cada vez mais raras.
O desempenho do varejo nacional deve ser negativo no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (Ibevar), sobre as vendas no período. Segundo dados da pesquisa de intenção de compra, divulgadas ontem, as projeções do varejo ampliado indicam queda de 2,22% para o primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. Já em comparação ao trimestre anterior, observa-se baixa de 0,35%.
De acordo com a pesquisa essa queda deve ser sustentada pelas categorias de materiais de construção (-5,05%); móveis e eletrodomésticos (-3,73%); escritório, informática e comunicação (-3,61%); combustíveis e lubrificantes (-2,56%); livros, jornais, revistas e papelaria (-0,88%) e hipermercados e supermercados (-0,58%).
Esse resultado é um importante alerta para a economia brasileira, já que a queda está associada ao aumento da taxa de juros básica do país, a inflação e a deterioração do poder de compra do consumidor.
No ano passado, a inflação alcançou a casa dos dois dígitos, o que influenciou negativamente o crescimento sustentável do consumo. Além disso, com o movimento ascendente das taxas de juros do país, em conjunto com a recuperação limitada do emprego, o varejo brasileiro deve contrair. Ou seja, os resultados em 2022 apontam para uma redução das vendas, em comparação ao ano anterior.
O que já é desesperador, tem tendência de piora. Mas não se pode curvar às dificuldades, mas sempre buscar saídas. E a melhor porta para um futuro melhor é o voto consciente. O Brasil não precisa de heróis, até mesmo porque eles não existem. A Nação precisa que cada um vote em planos de governo que mirem para o futuro.
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