Tiago Lotto
Da redação
Matéria atualizada às 10h20 desta quarta (7).
Os vereadores de Birigui aprovaram na noite desta terça-feira (6) a instituição de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito Leandro Maffeis. O foco da CP será apurar possível falhas e irregularidades cometidas pelo chefe do Executivo no Pronto-Socorro Municipal.
A CP foi criada logo no início da sessão ordinária do Legislativo, que ocorre toda terça-feira, às 19h. Farão parte da Comissão Processante os vereadores Wesley Ricardo Coalhato (Cabo Wesley), Osterlaine Henrique Alves (Drª Osterlaine) e Reginaldo Fernando Pereira (Pastor Reginaldo).
A CP foi formada porque a Câmara de Birigui recebeu nesta segunda-feira (5) um pedido dos aposentados Joabio Oliveira de Lima, morador do bairro Jardim Flamengo, e Antonio Cristino de Souza, do Residencial Santa Luzia, que solicitaram apuração nos fatos ocorridos recentemente no PS de Birigui.
Os aposentados alegam “um verdadeiro caos administrativo e jurídico, principalmente no âmbito do Pronto-Socorro Municipal”, lembrando, ainda, o recente caso do médico que denunciou falta de equipamentos e medicamentos no PS de Birigui. O médico trocou áudios pelo WhatsApp com outros profissionais de saúde e expondo a atual situação do PS, que estaria “abandonado”.
Ao saber do caso, oito vereadores de Birigui foram até o PS e, após visita, convidaram o médico para dar mais detalhes. Em oitiva realizada no Legislativo, Thiago de Camilo Figueiredo Mattos confirmou que os áudios são verdadeiros e que a proposta é mostrar como os pacientes estão sendo tratados no Pronto-Socorro.
Nesta quarta-feira (7) os vereadores membros da CP irão definir que será o presidente, quem será o relator e quem será membro da Comissão Processante.
OUTRO LADO
Por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Birigui, o prefeito Lenadro Maffeis enviou a seguinte nota ao jornal na manhã desta quarta-feira (7):
“O prefeito Leandro Maffeis entende que a abertura da Comissão Processante é uma oportunidade para que seja mostrada à população a situação do Pronto Socorro Municipal, que não é diferente da realidade de hospitais públicos e privados do Brasil, que sofrem com a falta de medicamentos, insumos e leitos neste pior momento da pandemia que o país enfrenta.
É uma oportunidade também para mostrar as ações de enfrentamento à covid-19 que vêm sendo realizadas; o trabalho transparente feito na unidade e a preocupação da gestão municipal em salvar vidas. Para o prefeito, a atual situação da cidade é reflexo da falta de investimento na área da saúde, uma vez que o dinheiro destinado ano passado para a covid-19 não foi totalmente aplicado na compra de equipamentos, medicamentos e abertura de novos leitos de UTI.
O prefeito também lamenta que o pedido de CP protocolado pelos munícipes questiona a competência dos médicos plantonistas que atendem no Pronto Socorro, que estão trabalhando arduamente para salvar vidas diante da gravidade que a segunda onda da doença apresenta. Leandro Maffeis acredita que a abertura da comissão é política, com foco principal de causar constrangimento e atingir a administração municipal, e espera que os membros da comissão sejam isentos, responsáveis e prudentes”.
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