Marcelo Prates – consultor empresarial
Existem momentos de turbulência e de caos, e é neste último que o mundo gira agora, errática e destrutivamente. De 1960 para cá houve grandes mudanças no comportamento, que hoje definem os novos papéis sociais, e também alterações dramáticas na tecnologia produtiva de todos os setores, e esses impactos são inegáveis. Pensemos num setor que está rigorosamente igual a 20 anos atrás e que não teve, por exemplo, forte redução nas suas margens de lucro. Mudanças na forma de comunicação, nas relações no e do trabalho, nos papéis sociais, no poder de compra, na forma de comprar, e os novos mercados via internet gestaram o desaparecimento de estruturas não mais essenciais ao novo mundo, que por fim, é e será cada vez mais menos inclusivo e mais exclusivo.
É isso, a água na panela começou a esquentar, bem devagar, quase como se buscasse não assustar o incauto sapo quanto a seu poder de fervura. Muitos até hoje acham que morna é a temperatura boa dentro da panela, sem perceber que já esquentou demais e agora só resta ferver. Sabemos a água sofre profunda transformação a cem graus, mas que pode matar bem antes disso. É assim também na vida econômica e produtiva das empresas, e não saber o que fazer nos períodos de transformação é mortal. Mas porque alguns “enxergam mais” que outros e pulam fora antes do prejuízo? São vários os motivos, e com certeza uma grande parte desta miopia da maioria se explica justamente pela fé equivocada quantos aos benefícios e riscos de caminhar por estradas conhecidas em momentos caóticos. É fato, os mais conscientes diferem dos que pensam que sabem e que convictos, cometem grandes danos a si e a ou trem em razão do(e): 01- O tipo da informação, comecemos aqui. Aquele que se dedica a valorizar o que lhe é familiar, poderá evidentemente ignorar as ideias de um visionário com capacidade de criar soluções. 02- Serem mais tradicionais e esquivarem-se de ideias disruptivas; o que limita a capacidade criativa. 03- Buscarem conforto e evitarem conflitos, ajustes e decisões difíceis; o que lhes castra talentos e o desenvolvimento de novas aptidões. 04- Comportamento de gado (servidão voluntária), relaciona-se a muitos seguirem a poucos que sabem menos que eles próprios.
Agindo assim na ânsia frenética de aceitação e segurança, entregam por migalhas a própria liberdade. Prezado leitor, vivemos uma era de tremendo risco e repleta de oportunidades, o dinheiro muda de mãos, a produção de riqueza se oferece para os mais aptos e deles necessita. Porém, não há esperança para os sapos que ficaram dentro da panela.
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