Prezado leitor, tenho tentado a prazerosa, porém árdua missão de insistir que o mundo das ideias é, e sempre foi, a fonte das respostas já que é de fato nele que se originam as soluções. Assim, saber como operar no campo mental mediante a capacidade de imaginar soluções é uma competência de inestimável valor. Todos os fatos da existência humana são imaginados e construídos a partir destas dimensões, que juntas forjam as conquistas e também as decepções inerentes e por fim assam o pão nosso de cada dia. Desejo hoje apontar para fatos que já estão postos pela realidade, mas que a desavisados ou ignorantes cristalizados pela hipocrisia, escapam entre os dedos. Daí nasce a complexidade atual, a incapacidade expressa ou intima, velada ou pública, para agir frente a desafios que testam a capacidade de realizar e estabelecer fundações para grandes projetos.
Não há dúvida que o sucesso de longo prazo é para pouquíssimos, que juntos não subvertem a regra, já que a imensa maioria afunda nas longas jornadas. Podem vencer e permanecer um pouco mais, mas como tudo sob o sol, com o tempo desvanecem. É neste exato momento em que eu escrevo e você lê, que o mundo aponta para desafios até desumanos, que alguns ainda não perceberam e outros se desorientam pela incapacidade de estabelecer uma cognição útil que sirva a um recomeço. Semana passada o J P Morgam fez um anúncio público que é no mínimo desconcertante.
O maior banco do mundo enviou um comunicado a seus maiores investidores solicitando que levassem seu dinheiro para outro lugar. Não, você não entendeu errado. Conforme explicado por seu presidente, Jamie Dimon, a empresa queria reduzir sua base de depósitos em US$ 200 bilhões. Nathan Stovall, da consultoria S&P Global afirma… “É uma situação sem precedentes. Nunca passamos por nada assim.” O analista explica que se trata de uma crise de liquidez ao contrário. Normalmente, quando há uma recessão, o dinheiro se torna uma mercadoria preciosa, e os bancos podem ser muito agressivos na captação de recursos. Mas isso não ocorreu desta vez por uma soma de fatores; 01- O Federal Reserve, o banco central americano, zerou as taxas de juros, 02- a demanda por crédito despencou com as incertezas propostas pela pandemia, 03- a Injeção cavalar e constante de liquidez sem lastro nas economias mundiais. Isso tudo junto e misturado tem diminuído os lucros dos bancos, e aumentado o custo para receber e manter volumes gigantescos de dinheiro.
O JP Morgan, o Bank of America e o Citi group receberam mais de 01 trilhão de dólares só em 2020. Quando banco não. Quando banco não quer dinheiro pode ser o começo do fim.
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