A produção de motocicletas registra grande queda no Brasil em 2021. Em janeiro foi mais de 46% em comparação ao mesmo mês do ano passado e 27% menor que o registrado em dezembro. A maioria das fábricas são de Manaus, local que foi muito afetado neste ano pela segunda onda da Covid-19 no país. Por conta disto, o governo amazonense, impôs medidas e restrições para controlar a disseminação do vírus, como a diminuição da jornada de trabalho, paralisações temporárias e o toque de recolher.
A Honda, maior produtora do mercado, suspendeu suas atividades de 22 de janeiro a 3 de fevereiro. Neste período os colaboradores do setor administrativo e produtivo tiveram férias coletiva e permaneceu um contingente mínimo de pessoas para a realização de atividades essenciais. A segunda maior, Yamaha, diminuiu os turnos dos funcionários devido ao toque de recolher. O resultado foi a escassez do produto nas lojas.
O diretor da DK Consultoria Automotiva, Paulo Roberto Garbossa, disse que “A falta de insumos e o dólar fizeram aumentar o preço dos veículos – motos e carros – zero quilômetro e essa escalada afeta também o preço do seminovo, não na mesma proporção de aumento, porque outros fatores contribuem para o valor do mercado do veículo usado, mas tende também a ter uma elevação de preços”. Também aconselhou que o consumidor espere, pois logo a situação volta ao normal.
Na região, o resultado não foi diferente. Em Araçatuba, os estoques estão zerados em algumas concessionárias, totalmente o contrário do previsto para os três primeiros meses do ano, como afirma o gerente de uma concessionária Antônio Carlos Rondon Júnior. Ele acrescenta que: “Quem vai vender moto usada, por exemplo, para dar de lance, não faça agora, porque vai ter que entregar a moto e ficar a pé.”
Nesta pandemia a demanda está grande, principalmente pelo aumento de deliverys e se tiver motos de até R$ 5 mil elas são vendidas rapidamente. O problema é que muita procura e pouca oferta torna a alta dos preços inevitável.
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