A região de Araçatuba regrediu para a fase laranja do Plano São Paulo para combate à pandemia do coronavírus. Essa regressão de fase (da fase amarela para a fase laranja) representa a suspensão de atendimento presencial em bares de Araçatuba e de cidades da região. O anúncio foi feito durante uma transmissão ao vivo de Coletiva de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo na tarde desta sexta-feira (15), após a antecipação da reclassificação, que deveria acontecer no dia 5 de fevereiro. As novas medidas passam a valer a partir da próxima segunda-feira (18).
O que irá mudar na cidade e na região à partir de agora é o atendimento presencial em bares. Na última semana, o Governo do Estado fez algumas mudanças em regras do Plano São Paulo, deixandoas mais flexíveis. Com a regressão de fase, o consumo em bares está totalmente proibido. Os demais setores, como os de comércio e serviços não-essenciais podem continuar funcionando normalmente, porém com 40% de ocupação e medidas para o combate ao coronavírus. Academia, restaurantes e salões de beleza podem continuar funcionando da mesma forma. O funcionamento permitido dos estabelecimentos na fase laranja é de oito horas por dia, com atendimento presencial somente até as 20h.
A mudança de fase na região ocorreu por conta do número de óbitos e também o aumento no número de novos casos. “O prefeito Dilador e a secretária de Saúde, Carmem Guariente, preocupados com o aumento de novos casos em Araçatuba e região e vendo a necessidade no aumento do número de leitos, solicitaram ao governo do Estado, através dos órgãos competentes, a possibilidade do aumento de leitos a fim de garantir a assistência na nossa região”, diz a nota enviada pela Prefeitura.
ESTADO DE SP
O governo de São Paulo colocou mais regiões do interior do estado em fases mais duras da quarentena. Por outro lado, a região da Grande São Paulo, que inclui a capital, permanecerá na fase amarela, considerada intermediária. Segundo a decisão tomada em conjunto com o Centro de Contingência do Covid-19, a região de Marília, no interior do estado, irá para a fase vermelha. Será permitido apenas o funcionamento de serviços essenciais. O principal indicador que motivou este status é a ocupação de leitos de UTI destinados aos casos graves de covid-19, que chegou a 83% nesta quinta-feira (14). Além da região de Araçatuba, passaram para a fase laranja outras seis regiões: São José do Rio Preto, Franca, Ribeirão Preto, Piracicaba, e Taubaté.
Essas cidades estavam na fase amarela. Permanecem na fase amarela Sorocaba, Registro e Presidente Prudente. Nessas regiões, reside 26% da população total de SP. A região da Grande São Paulo, por outro lado, permanecerá na fase amarela, considerada intermediária. Na semana passada, o governo de São Paulo mudou as regras da quarentena no estado para evitar que regiões do estado avançassem para faseamentos mais flexíveis. Com as novas regras, para que regiões possam ir para a fase verde, a mais flexível do Plano SP, será necessário ter 30 internações por 100 mil habitantes e 3 óbitos pro 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Antes, o critério utilizado era de 40 internações e 5 óbitos por 100 mil habitantes.
Outro critério, segundo o Centro de Contingência, é a taxa de ocupação hospitalar. Caso atinja 70%, a região já se encaixaria na fase laranja do plano de retomada econômica, ou seja, passa a ter mais restrições. Segundo a última atualização do governo estadual, a Grande São Paulo tem 69,02% das UTIs reservadas para a Covid ocupadas. Em todo o estado, a taxa é um pouco menor: 67,3%. Em novembro, a ocupação estava em 40%.
VACINA
O aumento de casos ocorre em meio à preparação para o início da vacinação no estado, que permanece prevista para o dia 25. Nesta terça-feira, o Butantan anunciou a eficácia global da CoronaVac, que foi calculada em 50,34%. Para casos moderados, a vacina demonstrou índice de eficácia de 78%. A taxa global é menor do que os 78% porque inclui casos muito leves de coronavírus, ou seja, mesmo que a pessoa tenha se infectado, pode ter sido assintomática ou não ter necessitado de hospitalização. Durante a fase três do estudo de eficácia, ainda em andamento, 252 pessoas se infectaram: 85 no grupo que tomou a vacina e 167 entre os que receberam um placebo (substância que não gera efeitos no organismo).
A eficácia global, de forma simplificada, é a diferença entre a taxa de infecção daqueles imunizados que foram infectados e os que ficaram doentes e não receberam a vacina. Entre os infectados que foram imunizados, ninguém precisou ser internado num hospital.
Comentários sobre esse post