FRANCISCO MORENO
Estar num agrupamento ambiental, é antes ser aberto às vertentes científicas, sem perder a ternura com Deus. Um professor ateu, citava as vezes Adão e Eva. E ele respondia ao nosso espanto, que era uma maneira pedagógica fácil de resumir o tema. De fato, algumas narrativas da Bíblia, são simbólicas, mas que traduzem numa verdade útil. Ninguém tira.
Falar em evolução dos Primatas, é falar de Deus. Quando se diz que há 50.000 anos atrás, ocorreu a explosão criativa do Paleolítico superior. Nome complicado, que na Bíblia resume na simplicidade que “Deus soprou nas narinas”. Esta explosão, foi o momento em que todas espécies de Homos (inclusive os Sapiens), descobriram a capacidade simbólica existencial, com sepultamentos, rituais, adornos, o uso da pedra lascada e o divino.
Então, não viemos do macaco. Mas somos irmãos dele, pois tivemos o mesmo ancestral comum. Sendo que o chipanzé, tem conosco, 98% da mesma identidade genética. A Paleontologia, confere uma fenomenal classificação biológica: Estamos na mesma Ordem de Primatas. Na mesma Família: formada por Gorilas, Orangotangos, chipanzés e nós humanos; no mesmo Gênero: Homo, com traços físicos semelhantes; e das Espécies (por exemplo): Homo erectus, Homo ergaster, Neandertais. E nós os Homo sapiens. Todos surgidos ao longo de 7 milhões de anos.
Depois, surpreendentemente, todas espécies foram extintas exceto a nossa Homos sapiens. O Paleontólogo Walter Neves, afirma há 7 milhões de anos nossos ancestrais tinham o cérebro tamanho de uma mexerica. Todos Homos tiveram aumento no tamanho do cérebro graças à ingestão de carne. Coisa bem divulgada na mídia, por Frigoríficos, como Marketing e conforto moral, deles.
É sabido que o cérebro consome em torno de 40% de energia do organismo. E é a carne uma grande fonte proteica. Alegam que nossos ancestrais, ao ingerir o ferro nas enzimas da carne, ao longo de um milhão de anos, levou ao aumento no volume do nosso cérebro.
Hora, pois, na cosmovisão, adensamos na temática, que é real esta tese; mas impossível de ser verdade. Fosse assim, o Leão, as hienas e os urubus seriam hoje os engenheiros, médicos e professores, de tanta carne que comeram. Exceção seria, alguns abutres que se tornaram políticos.
Dr. Walter Neves, afirma que na verdade nossos ancestrais, foram na idade da pedra lascada, carniceiros e não carnívoros. Carniceiros, porque disputavam pedaços de carne com as hienas e urubus dos animais mortos abatidos por felinos. Aliás os grupos de caçadores, esperavam as hienas ir na frente, pois são os únicos animais que quebram ossos.
Ou seja, entendemos sim, que a proteína da carne, mais o amido, associado à expertise de planejar a caça, foram exercitando a mente. Nossos ancestrais foram estimulando o cérebro com articulações e táticas de batalhas para vencer a concorrência. Fez com que este aumentasse os neurônios e as sinapses, que até hoje utilizamos. A concentração ao afiar a pedra lascada para fazer uma faca, durante um milhão de anos, sentiu a angustia existencial…e clamou por Deus. Sim, houve um momento depois que na descoberta do fogo, o cozimento e assado, facilitou a ingestão, sobrando tempo para domínio da arte, outro exercício que expandiu o cérebro todo.
Francisco Moreno é Membro do Movimento Laudato sí
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