Levantamento realizado diretor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Birigui, professor Marco Aurélio Barbosa de Souza, apresenta interessantes números com relação ao universo produtivo de empresas instaladas na cidade de Birigui.
O economista fez um levantamento do crescimento e do surgimento de novos negócios no município nos últimos anos. O comércio e os serviços “lideram” as atividades econômicas da conhecida Capital do Calçado Infantil.
Segundo o pesquisador, em abril de 2020 a estrutura produtiva empresarial da cidade era formada por 13.483 empresas de vários setores produtivos, porte e natureza jurídica.
Em relação ao porte das empresas, o destaque é a representatividade das microempresas que correspondem a 89,57% do total com 12.077 unidades. Em segundo lugar estão as demais categorias, com 765 unidades (5,67% do total) e, na terceira posição, as empresas de pequeno porte, com 641 unidades (4,75% do total).
Os chamados Microempreendedores Individuais representavam 54,46% do total dos empreendimentos, com 7.343 unidades.
Entre as principais concentrações de atividades econômicas setoriais, os destaques foram para o setor de comércio (primeira posição) com 4.976 unidades (36,9% do total), em seguida o setor de serviços com 4.802 (35,6% do total), em terceiro lugar, está a indústria com 2.502 unidades (18,5% do total) e na quarta posição o setor de construção representando 8,6% com 1.156 empresas.
Birigui se destaca ainda pela força industrial, que é composta por um conjunto amplo e diversificado de empresas.
Segundo o professor, o ranking é liderado pelo segmento de preparação de couro e fabricação de artefatos de couros, artigos para viagem e calçados com 1.097 empresas, correspondendo 43,8% do total de empresas do setor industrial local.
A elevada participação do setor de calçados é decorrente da presença na cidade de um APL (Arranjo Produtivo Local) do setor calçadista, considerado o mais importante polo produtor do segmento de calçados infantis do país que proporcionou a cidade o título de Capital Brasileira do Calçado Infantil.
Entretanto, além do setor de calçados, a indústria biriguiense que exporta para mais de 60 países, é formada também por outras cadeiras produtivas, entre as quais: a indústria de confecção de artigos de vestuário e acessórios (que conta com 380 empresas); a fabricação de produtos de metal (com 163 unidades); a fabricação de produtos alimentícios (com 146 empresas); a fabricação de produtos têxteis (com 121); a fabricação de móveis (com 97 unidades) e a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (com 70 empreendimentos).
A pesquisa evidenciou que foi expressivo o crescimento do número de empresas instaladas na cidade nos últimos anos, entre 2017 e 2019, período em que acumulou-se a abertura de 4.815 novos empreendimentos.
Já o fechamento de empresas entre 2017 e 2019 foi de 1055 unidades, fazendo que o saldo ficasse positivo em 3.760 empresas.
LOCALIZAÇÃO DOS SETORES DA ECONOMIA
Outro aspecto interessante pesquisado pelo diretor da Prefeitura de Birigui é a localização das novas empresas instaladas entre 2017 e 2019, cujos destaques foram: região central da cidade (que recebeu 710 novas empresas, sendo 14,7% do total), seguida do Jardim São Braz (160 empresas e 3,3%); Residencial Monte Líbano (com 154 empresas e 3,2%); Residencial Portal da Pérola II (com 145 unidades e 3%); bairro Thereza Maria Barbieri (com 134 empreendimentos e 2,8%), Quemil (com 132 e 2,7%) e o bairro Cidade Jardim (com 123 e 2,5%).
“A presença na cidade de uma robusta estrutura produtiva formada por um conjunto amplo e diversificado de empresas de vários setores econômicos favorece o enfrentamento de crises, suaviza os impactos de mudanças desfavoráveis dos ciclos econômicos e traz oportunidades para investidores e empreendedores potencializando a capacidade de desenvolvimento econômico local”, comentou Marco Aurélio Barbosa de Souza.
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