O prefeito interino de Mirandópolis, Carlos Weverton Ortega Sanches (MDB), afirmou, nesta quinta-feira (04), que vai pedir a desocupação do Paço Municipal e da rodoviária do município, que funcionam no mesmo prédio. A declaração foi dada ao jornalista Antônio José do Carmo, que é colunista fixo da Folha da Região.
O motivo da interdição, segundo o prefeito, “é para salvar vidas”, uma vez que um laudo técnico contratado pela administração revelou que a estrutura metálica do prédio está “visivelmente comprometida”. A revisão técnica das condições de uso dos locais foi requerida depois da queda de uma parte lateral da estrutura, de aproximadamente três metros.
Ainda, segundo o laudo, nas palavras do prefeito, a parte de ferro foi corrompida pela ação de pombos e pelo efeito do tempo. A prefeitura e a rodoviária funcionam neste local há pelo menos 40 anos.
Sanches, porém, não deu data para fazer as mudanças de endereço. Mas, segundo ele, será o mais rápido possível e os serviços serão prestados em outros espaços já pertencentes ao município. Alegando que não tem dinheiro para pagar aluguel, o prefeito interino antecipou que seu gabinete e outros setores serão improvisados no Cartório Eleitoral e no ginásio de esportes. Os comerciantes que exploram bares na rodoviária ainda não foram notificados oficialmente da decisão.
TEMPORÁRIO
Sanches assumiu a administração pública de Mirandópolis no dia 29 de maio deste ano. Ele, que é o presidente da Câmara local, foi empossado como interino após a Justiça Eleitoral notificar o afastamento da atual prefeita, Regina Mustafa (PV), e seu vice, José Antônio Rodrigues (SD).
Eleitos em 2016, os dois tiveram a chapa cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no mês passado. O presidente da Câmara permanecerá no cargo de prefeito até a realização de novas eleições no município, que tem cerca de 30 mil habitantes. Ainda não há data para isso. Ele tem, como missão institucional, comandar a Prefeitura até que uma nova eleição seja realizada.
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