Quase três semanas depois de ter a festa de aniversário cancelada, o pequeno Ryan pôde comemorar ontem os 6 anos de idade, completados dia 1º de novembro. A festa dele estava marcada para o dia 10 deste mês, mas foi cancelada horas antes pelo marido da confeiteira que estava organizando o evento. A mãe do Ryan, a vendedora Lharyssa Rodrigues da Silva Malta Soares passou mal e foi parar no hospital por causa do nervoso. Segundo ela, o marido da confeiteira ligou para ela suspendendo a festa, alegando que a mulher estava internada. “Eu investiguei, eu sei que ela passou pelo pronto-socorro, mas não ficou internada”, disse.
Assim como outras mães que tiveram a festa cancelada de última hora pela confeiteira, Lharyssa fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Pelo menos dez pessoas prestaram queixa contra a confeiteira, que deu um verdadeiro ‘bolo’ nos contratantes.
A festa do Ryan seria no salão de festas do condomínio onde mora. A mãe pagou R$ 690 pelos doces, salgadinhos, pula-pula e sacolinhas de surpresa. Com o cancelamento da festa, Ryan ficou sem ter como comemorar e receber os amigos. A mãe postou um vídeo com o filho nas redes sociais contando o ocorrido.
O fato sensibilizou a empresária Daiane Paganucci, dona de um bufê, que se propôs a dar a festa de aniversário que o Ryan perdeu. Outras pessoas também se mobilizaram para que a festa saísse. Com direito a bolo, doces, salgadinhos, cachorro-quente e vários brinquedos, a festa foi realizada ontem, pra felicidade da mãe, do Ryan e da Daiane, que contou que decidiu doar o evento depois de conversar com o marido. “Eu me senti como se isso tivesse acontecido com as minhas filhas, como se as festas delas tivessem sido canceladas. Eu vi aquilo e pensei, que maldade que fizeram”, lembrou.
Daiane disse que soube do que tinha acontecido com o Ryan quando foi marcada por uma pessoa na postagem da mãe dele. “Eu vi que ele realmente estava chorando e não era de birra. Era de tristeza mesmo. Aí chamei a mãe no particular, conversamos, investiguei a história e falei que podia dar a festa, mas não em um fim de semana, porque os fins de semana estão todos comprometidos no salão. Eu disse que poderia fazer durante a semana, ela veio aqui, fizemos um contrato e combinamos a festa. Eu gostaria de poder dar festa para mais crianças que foram lesadas, mas não tenho condições”, disse.
Mas na festa ontem cada um ficou responsável por uma coisa. O Bruno e a Bruna Meire dera as sacolinhas de surpresa, a Ana Paula Rocha fez a velinha de biscuit, a Dayse Rodrigues os pães de mal, a Arlene Castilho a decoração, a Rosimeire Venâncio fez os salgadinhos, a Isabela Giron deu os pirulitos, a Luanda Gonçalves foi a responsável pelos tubetes e tags, a Jaqueline Alexandra e a Elizabete Santos Campara deram os doces e o Carlos Souza deu os refrigerantes.
As denúncias contra a confeiteira começaram no fim de semana em que seria realizada a festa do Ryan. Duas mulheres procuraram a delegacia para acusar a confeiteira de estelionato por causa do aluguel de um salão de festas. Esse salão tinha sido alugado para duas festas no mesmo dia. A confeiteira ligou para essas mulheres dizendo que o local estava com problemas na calha e que não teria como fazer a festa lá, se prontificando a conseguir outro espaço. Só que depois disso, ela desapareceu, deixando essas e outras pessoas na mão. Todas as vítimas tiveram que dar pelo menos uma entrada para o pagamento das festas canceladas. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.
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