Com o objetivo de discutir o universo da violência contra a mulher, o Sesc de Birigui realiza até o dia 10 de dezembro o projeto “Dona de Mim”. As discussões tiveram início em 20 de novembro com programação gratuita.
A iniciativa do projeto é inspirada na campanha nacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, derivada da ação mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, da ONU (Organização das Nações Unidas), promovida anualmente com intuito de mobilizar a população mundial a discutir o assunto.
Neste contexto, o Sesc Birigui desenvolveu o projeto “Dona de Mim”, com uma série de atividades que contempla a cultura, a arte, a legislação e a voz das mulheres, por meio de espetáculos de música, circo, teatro, palestras, rodas de conversa, exibição de documentário seguida de bate-papo, além de cursos e oficinas.
PROGRAMAÇÃO
A programação é voltada não somente para o público feminino, mas também aos homens, uma vez que a sensibilidade ao tema é necessidade de todos. Combater a violência contra a mulher é responsabilidade da sociedade.
Amanhã (28), às 19h30, no teatro do Sesc Birigui, será apresentado o filme “Preciosa”, do diretor Lee Daniels, lançado em 2010. A narrativa conta a história de Claireece “Preciosa” Jones de 16 anos, que está grávida de seu próprio pai pela segunda vez. Instintivamente, Preciosa vê uma chance de mudar de vida quando tem a oportunidade de ser transferida para uma escola alternativa. Os interessados devem retirar os ingressos com 1h de antecedência.
No dia 29, às 19h, no teatro, é a vez de “Darluz”, com as atrizes Geovanna Leite e Fernando Tavares. Darluz é mãe, violentada e sem saída. O espetáculo coloca o público em um questionamento profundo sobre a metáfora “dar á luz”.
Ainda no dia 29, às 19h30, acontece o diálogo “O Direito ao Corpo”, intermediado pelas convidadas Erica Malunguinho (educadora, artista plástica e política brasileira), Nilessa Tait (jornalista, apresenta o quadro é o ‘Bem na Fita’, que fala sobre aceitação do corpo) e Raquel da Cruz (advogada e historiadora). O bate-papo propõe uma discussão baseada em diferentes pontos de vista sobre o que seria o direito ao corpo, que carrega marcas, curvas e histórias únicas. Muitas vezes aprendemos a nos ver pelo olhar do outro e somos doutrinados a não nos amarmos, não nos conhecermos e a nos escondermos atrás de panos invisíveis impostos por uma busca incessante de um padrão inacessível. Os ingressos podem ser retirados com 1h de antecedência.
Em Araçatuba, do dia 30 ao dia 2, no espaço cultural Oficina dos Macacos, a Companhia do Miolo se apresenta com o espetáculo “Casa de Tolerância”, onde explora as intolerâncias e discriminações a questões referentes ao universo feminino.
Dia 30 e 1º, às 20h e no dia 2, às 19h, a companhia também está na programação com a peça “Rompemos os muros! Rasgamos as paredes! Quantos corpos há aqui?”. A montagem explora as questões das violências sofridas ao corpo da mulher e as intolerâncias e discriminações a tudo que seja ligado ao feminino.
No dia 2, às 16h, a companhia Circo di SóLadies se apresenta com a peça “Choque Rosa”. As donas de casa, Augustina, Greice, Úrsula e Xamanga encaram mais um dia de mesmice dentro de casa: limpar, passar, cozinhar e não percebem o sumiço da amiga Maria. As quatro palhaças são obrigadas a se aventurarem no temido ‘fora de casa’, um lugar onde mulher nenhuma pode se aventurar.
Na música, a cantora Talita Rustichelli e banda se apresentam com o show “Todas Nós”, no dia 7, às 20h, na Área de Convivência. Por meio de canções, o show apresenta histórias do feminino e da luta das mulheres. Um repertório baseado em canções que abordam o tema, bem como músicas representativas nas carreiras de grandes cantoras brasileiras que driblaram a cultura do patriarcado para seguir adiante, em suas vidas pessoais e profissionais.
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