O prefeito de Glicério, Ildo de Souza (PSDB), publicou ontem nas redes sociais uma nota de repúdio contra a CPFL por causa de podas radicais realizadas em árvores no distrito de Juritis.
Conforme o prefeito, a CPFL não teria pedido autorização ou feito qualquer comunicação prévia à Prefeitura quanto aos cortes das árvores e que “muito menos os cortes foram precedidos de uma avaliação de impacto ambiental e social, bem como não teve acompanhamento de engenheiro agrônomo”. De acordo com a nota, os cortes foram realizados na quarta-feira.
“Importante esclarecermos que desde o início da atual gestão sempre estivemos compromissados com as causas ambientais do município, sendo nesse curto período, foram elaborados diversos projetos de lei municipal que visaram à conscientização da população de que o respeito ao meio ambiente faz parte do conceito de responsabilidade social”, disse o prefeito na nota.
“Um dos projetos que foi aprovado pela Câmara é o que disciplina o plantio de árvores nos passeios públicos para a concessão de “habite-se”. Assim, além de promover a educação ambiental da população, tem o objetivo também de mitigar o problema da degradação ambiental causada pelo desmatamento indiscriminado”, completa o prefeito.
Segundo a nota, a Prefeitura não se opõe que haja intervenção embaixo de rede elétrica de alta-tensão, uma vez que precisa preservar o fornecimento de energia e a segurança da população. “Porém, as árvores não deveriam ser erradicadas, principalmente as de pequeno porte, como no caso. E em relação às árvores de médio e grande porte, a poda higiênica em muitos casos já é mais que suficiente”, acrescenta.
O chefe do Executivo pede, ainda, que os moradores manifestem indignação com o ocorrido e avisa “que estão sendo tomadas as providências administrativas e judiciais cabíveis, com a formalização de denúncia a Cetesb, Polícia Ambiental, Ministério Público e outros órgãos competentes”, para que a CPFL seja penalizada e obrigada a realizar compensação ambiental com doação de mudas que deverão ser replantadas.
A CPFL disse à Folha da Região que as árvores do distrito de Juritis estavam localizadas em área rural, dentro da faixa de servidão. “A área é a faixa de terra ao longo do eixo da linha de distribuição de energia necessária para garantir a segurança das instalações e das pessoas que convivem com ela. A distribuidora esclarece, ainda, que o objetivo da ação é evitar riscos de danos à rede elétrica e que, potencialmente, possam vir a comprometer a segurança da população e o fornecimento de energia elétrica, conforme Decreto Federal nº 24.643/1934”, cita trecho da nota.
A empresa disse, ainda, que “desenvolve um programa focado na convivência harmoniosa entre a rede de energia elétrica e arborização urbana” e que “a iniciativa abrange as sete distribuidoras do grupo no Estado de São Paulo e tem o objetivo de atuar preventivamente na revitalização da arborização urbana, através da distribuição de mudas de espécie e porte adequadas para o plantio em vias públicas sob as redes elétricas”.
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