SIRLEI NOGUEIRA – ESPECIAL PARA A FOLHA
A última semana da campanha Setembro Amarelo, em Araçatuba, começou ontem com atividade prolongada no Shopping Praça Nova: foram 12 horas de abordagens aos frequentadores com orientações sobre prevenção do suicídio, respostas a questionamentos e distribuição de materiais. Equipe técnica do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) coordenou a agenda em parceria com profissionais do empreendimento.
Baners foram instalados logo na entrada no centro de compras e todos que passavam pelo local tinham acesso às informações sobre a ação de prevenção ao suicídio.
Os visitantes eram abordados por voluntários que passavam orientações, distribuíam panfletos e ofertavam bexigas e laços amarelos, símbolo da campanha. Profissionais e estudantes de enfermagem ofereceram serviços de saúde, como aferição da pressão arterial.
Em outra ação promovida na manhã de ontem, o coordenador do curso de Direito da Unip, professor Nazil Canarin Jr., de Bauru, desenvolveu o tema para jovens – 12 a 16 anos – participantes do evento RYLA (Prêmios Rotários de Liderança Juvenil, em português). A promoção do Rotary Club de Araçatuba Cidade Amiga ocupou espaço na Escola Estadual José Cândido.
A campanha Setembro Amarelo está sendo coordenada pela Prefeitura de Araçatuba, Caps, Câmara de Vereadores e Comitê Pró-CVV Araçatuba, com apoio da Folha da Região. Secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social, Unip e Centro UniSalesiano atuam diretamente na iniciativa, que ainda tem o apoio do Rotary Club, Polícia Militar e de empresas.
UM ANO DE CAPS III
O Caps III (Centro de Atenção Psicossocial Adulto) de Araçatuba completou um ano de atuação em setembro. Nesse período foram realizados 3.155 atendimentos. Uma das frentes do trabalho é o enfrentamento do suicídio. Não há necessidade de encaminhamento médico. “É um serviço de portas abertas que recebe as pessoas a qualquer hora do dia ou da noite. Assim que chega aqui, a pessoa recebe toda a assistência necessária oferecida pela equipe”, ressalta a assistente social Silvia Britto.
A equipe é composta por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, artesãs e profissionais do setor administrativo. A assistente social explica que após o acolhimento, a pessoa passa por uma avaliação, com definição de plano terapêutico. Posteriormente, é encaminhada para oficinas e grupos terapêuticos de acordo com o perfil apresentado.
“Oferecemos diversas oficinas, tais como culinária, artesanato, dança, entre outras. Já os grupos trabalham perfis específicos. Temos um que oferece atenção especial apenas para mulheres que sofrem algum tipo de violência, outro que lida especificamente com o público homossexual, que é bastante atingido pelo preconceito social. São várias frentes de trabalho de acordo com os perfis identificados”, finaliza a assistente social. O Caps III está localizado na rua 1º de Maio, 607, vila Estádio (18 3637.1050).
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