A assessoria de imprensa da Santa Casa de Araçatuba confirmou na manhã de quinta-feira (30), a morte do empresário Ademir Dias de Aragão, 40 anos, baleado na manhã anterior na casa dele, no bairro Jussara. Ele estava internado desde o início da manhã quarta.
Também na quarta-feira, a Polícia Militar apreendeu um revólver com duas munições deflagradas que pode ter sido a arma utilizada no crime.
O empresário, que foi encontrado ferido nos fundos da fábrica de doce que possuía no Jussara, foi árbitro de futebol pela Federação Paulista na região de Campinas, onde era bastante conhecido.
Consta no boletim de ocorrência que uma vizinha da vítima contou à polícia ter ouvido, por volta das 6h30, dois disparos de arma de fogo vindos do interior da fábrica. Ela foi ao local e encontrou o portão aberto, mas não havia ninguém no imóvel além do empresário, que estava caído no chão, já inconsciente.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, entretanto, a vítima foi atendida por equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa.
Pouco depois das 12h, um irmão de Aragão foi procurado pela polícia e informou que a vítima havia morrido. Com base nessa informação, a Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência comunicando o óbito.
Entretanto, no início da noite a Santa Casa informou que o paciente permanecia internado em estado gravíssimo. Ele tinha sido avaliado pelo Serviço de Neurocirurgia, que encontrou um projétil alojado em área que dificultava a realização de cirurgia.
A confirmação da morte pelo hospital só ocorreu às 21h01 e o corpo passou por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal) antes de ser liberado aos familiares para velório e enterro.
REVÓLVER
O local do crime foi periciado por equipe do IC (Instituto de Criminalística), mas nada que possa ajudar na investigação foi apreendido. Entretanto, ainda na quarta-feira, a Polícia Militar recebeu denúncia de que o autor dos disparos seria um morador no próprio bairro Jussara.
Durante patrulhamento pelo bairro, uma equipe viu a mãe do homem que seria o suspeito do crime em frente à casa dela, na rua Marcos Manfrinati. Em conversa com uma testemunha, os policiais foram informados de que ela ouviu barulho vindo da residência dessa mulher no início da manhã e decidiram vistoriar o imóvel.
O revólver calibre 38 foi encontrado no forro da residência. A arma, que estava carregada com quatro munições intactas e duas deflagradas, foi apreendida para ser periciada.
O caso é investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), sob o comando do delegado Alessander Lopes Dias. Para não atrapalhar as investigações, ele não deu detalhes à imprensa.
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