A Justiça de Penápolis realizou ontem audiência de processo que apura denúncia contra 18 pessoas acusadas de pertencerem ao PCC (Primeiro Comando da Capital). O grupo foi preso durante operação realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em março deste ano.
Segundo apurado pela reportagem, 14 dos denunciados participaram da audiência. Dois deles não foram apresentados no Fórum de Penápolis, mas os seus defensores concordaram com a manutenção da sessão mesmo sem as presenças deles. Os outros dois são considerados foragidos.
Ao todo, 35 testemunhas devem ser ouvidas no processo. Na audiência de ontem foram colhidos depoimentos das testemunhas de acusação.
A Justiça da cidade aguardará o envio dos depoimentos de testemunhas que residem em outras comarcas, ouvirá as testemunhas de defesa e somente depois é que será feito o interrogatório dos réus. Concluída a fase de oitivas, o juiz da Vara de Penápolis Marcelo Yukio Misaka abrirá prazo para manifestação das defesas e do Ministério Público, antes de proferir as sentenças.
O processo corre em segredo de Justiça, mas a reportagem apurou que os réus respondem por integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
PRISÕES
Operação conjunta feita pelo Gaeco com a Polícia Militar em 8 de março resultou na prisão de 15 pessoas acusadas de pertencerem à facção criminosa. Elas foram identificadas durante nove meses de investigação do Ministério Público, a qual teve início após a Polícia Militar encaminhar ofício denunciando o aumento do tráfico de drogas em Araçatuba, Birigui e Penápolis.
A investigação constatou que traficantes de drogas estavam atuando de forma coordenada nessas cidades para a distribuição de entorpecentes. Além dos presos na operação foram apreendidos mais de 200 quilos de maconha, porções de cocaína e crack.
Outras 22 pessoas foram presas em flagrante, junto com três adolescentes acusados de integrarem o grupo criminoso. Essas pessoas respondem a processos individuais.
As prisões referentes à audiência de ontem foram feitas em cumprimento a 18 mandados judiciais de prisão temporária expedidos pela Justiça de Penápolis, que na ocasião expediu outros 25 mandados de busca e apreensão. Eles resultaram na apreensão de vários aparelhos de celular, documentos e entorpecentes.
Entre os presos estão pessoas consideradas lideranças regionais do PCC. Elas seriam responsáveis pelo controle do entorpecente que chegava à região para ser distribuído, pela parte financeira da facção e pela comunicação dentro ou fora dos presídios. Os integrantes também são suspeitos de furtos, roubos e homicídios.
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