As campanhas de vacinação antirrábica costumam ocorrer em agosto, mas é importante lembrar que os pets precisam e devem ser vacinados em qualquer época do ano. Em Araçatuba, a campanha de vacinação contra a raiva tem início dia 18 de agosto e termina em 2 de setembro. A meta é vacinar 13 mil animais.
Durante esse período, sempre aos sábados e domingos, haverá postos de vacinação em vários pontos da cidade, a maioria deles escolas, centros comunitários, praças e demais espaços públicos.
Além desses locais, os pets podem ser vacinados no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), que fica na rua Dr. Luiz de Almeida, 145, no bairro Paraíso, ou em clínicas veterinárias particulares. Nesse último caso, as vacinas são pagas.
Em Mirandópolis, a campanha já começou e e segue até o dia 31 de agosto. A meta é vacinar aproximadamente 5,5 mil animais no município.
A vacina antirrábica será aplicada gratuitamente em cães e gatos de toda a cidade e nos bairros rurais Amandaba, 1ª, 2ª e 3ª Aliança. Agentes do CCZ estarão percorrendo as residências para aplicar as doses das 8h às 11h e das 13h às 16h.
Quem se interessar pode também levar o animal de estimação para ser vacinado no CCZ, que fica na vicinal Antenor Nepomuceno, saída para Lavínia.
De acordo com a médica veterinária Milena de Almeida Logar, as doses contra a raiva costumam durar um ano, ou seja, pelo menos uma vez a cada ano os animais devem ser imunizados.
Milena lembrou que recentemente, depois de 30 anos, foi descoberto um caso de raiva em gatos. Esse caso foi em São José do Rio Preto. “Bem pertinho aqui da gente, então se aconteceu aqui perto, pode chegar em Araçatuba, por isso é importante vacinar o animalzinho”, orienta.
Milena explicou que pode haver diferenças nas doses aplicadas em campanhas e nas vendidas em clínicas. Segundo ela, geralmente as prefeituras utilizam frascos com 50 doses enquanto que nas clínicas esses frascos são únicos e individuais. “As duas vacinas são de qualidade, são boas e funcionam. O que não pode é deixar de vacinar”, completa.
Entre os principais transmissores da raiva estão morcegos, macacos e gambás, animais silvestres que, quando em contato com cachorros, gatos e humanos, podem infectá-los com o vírus da doença, principalmente pela mordida, pois a saliva dos animais infectados contém o vírus rábico.
O vírus vai da ferida, por meio da corrente sanguínea, até o cérebro, provocando inflamação ou inchaço que causam os principais sintomas da doença: mudanças no comportamento do pet, nervosismo, isolamento, ansiedade, febre, vômitos e diarreia.
Além da raiva em animais, a doença pode ser transmitida para humanos e até matar. O período de incubação da raiva costuma ficar entre um e três meses, mas pode oscilar entre menos de uma semana e mais de um ano. As primeiras manifestações da doença são febre, normalmente acompanhada de dor e formigamento no lugar da mordida. À medida em que o vírus se propaga pelo sistema nervoso central, ocorre inflamação progressiva do cérebro e da medula espinhal, o que acaba provocando a morte do paciente.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.
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