“A política é uma praga tal que eu aconselho todos a não se meterem nela” (Thomas Jefferson, político americano).
Com o pensamento acima, prometo daqui em diante não abordar mais temas que envolvam paixões políticas. Espero que este seja o último, a não ser que os nossos “queridos amigos políticos profissionais” me tirem da zona de conforto com algumas de suas ideias estapafúrdias – pois quem não tem tempo para produzir algo positivo às vezes geram sugestões estúpidas para que outros as cumpram.
Mas, voltando ao título deste artigo, a união das duas correntes pensantes poderia resultar em: “poamorcoxi” ou “copamor”! Sei lá, deixo aos experts em marketing, para que criem a sigla ideal.
Por que doravante vou deixar esses temas de lado? Porque já cumpri a meta. Um articulista, quando senta à frente do computador, busca desenvolver uma abordagem que resulte numa transformação, de preferência para o bem.
Os últimos artigos foram para mostrar o que as pessoas apolíticas, as que têm uma profissão com carteira assinada, sentiam quando pensadores que se julgavam eternos no poder tentavam impor sua ideologia, quase sempre à base do ódio, da ditadura de uma filosofia panfletária, ou, por se acharem donos dos “cordeirinhos”, que na sua mansidão seguiam para o “abatedouro”.
Penso que tanto os que maldosos denominam de “pão com mortadela” ou “coxinhas”, são brasileiros e desejam a construção de uma nação onde possa existir a igualdade tão apregoada, não por qualquer ser humano, mas por aquele que morreu por nós na cruz, Jesus Cristo – ou seja, que o senso de justiça ideal se espelhe nas palavras Dele, e não em conceitos que nós homens criamos, de divisão de bens, recompensa do trabalhador por seus esforços prestados, meritocracia, participação nos lucros e resultados etc.
“Quando todos partilhamos o que temos, mesmo que seja pouco, todos ficam saciados e ainda sobra” (Padre Paulo Bazaglia).
Na cidade onde moro estamos nos articulando para reuniões, a princípio mensais, onde possamos juntar correntes de pensamentos de várias escolas, desde o comunismo até o capitalismo, com o objetivo do debate democrático, e que tenhamos a dádiva da “escuta respeitosa” para ouvirmos os dois lados da questão.
Será que uma corrente de pensamento – de esquerda ou de direita -, tenha apenas coisas ruins ou boas demais, para que não encontremos o “meio termo” a uma convivência pacífica, onde o ódio dê lugar à gentileza e troca de experiências em prol do bem da coletividade?
É fácil, cômodo e porque não dizer ato de covardia, pessoas ficarem digladiando-se pela mídia social, quando poderiam sentar-se umas ao lado das outras, numa mesma sala, olho no olho e juntas construírem um ambiente de amor, solidariedade e fraternidade.
Felizmente, as pessoas a quem convidamos – tanto à esquerda quanto à direita – se manifestaram favoravelmente à iniciativa, e o que é mais compassivo no contato, o sorriso no rosto como se estivessem há muito tempo esperando uma oportunidade e tentativa da construção de uma sociedade igualitária.
A ideia do diálogo entre pessoas que pensam de maneira diferente está lançada. Limpe seu coração. Deixe por um momento de pensar apenas em si, nos seus interesses individuais e coloque sua melhor versão à construção dessa sociedade que tanto sonhamos, onde sejamos chamados de irmãos.
Estou fazendo um sacrifício sobre-humano, pois tinha prometido jamais participar de atividades sociais onde mais de uma pessoa estivesse presente. Replique a ideia na sua cidade. As gerações futuras agradecerão o seu empenho e dedicação.
Nalberto Vedovotto é coach, jornalista e escritor em Birigui
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