A Justiça de Araçatuba marcou para o dia 13 de agosto uma nova audiência do “Caso Mustang” para ouvir cinco testemunhas de defesa e outra em comum, ou seja, convocada tanto pelo Ministério Público quanto pelos advogados dos réus. Ontem foram ouvidas 12 das 16 testemunhas de acusação.
Também participaram da audiência o empresário Luciano Justo, a mulher dele e o cunhado, que é policial militar rodoviário. Um jovem que é ex-funcionário de um guincho na cidade e réu no caso, suspeito de ter sido subornado para retirada de um equipamento que aumenta a potência do Mustang, não compareceu à audiência. Nenhum dos réus foi ouvido ontem.
O empresário é acusado de matar no dia 12 de março de 2016 o comerciante Alcides José Domingues, 69 anos. Justo dirigia pela avenida Brasília um carro esportivo Mustang a 140 quilômetros por hora, segundo laudo da Polícia Científica, e bateu no carro do comerciante que cruzava a avenida. Domingues morreu na hora. Justo estava em um restaurante na mesma avenida, antes do acidente, e segundo a Polícia Civil, teria bebido vários chopes.
O empresário chegou a ser preso em flagrante por embriaguez ao volante, mas pagou fiança e foi solto. A Justiça mandou prendê-lo novamente, mas ele conseguiu habeas corpus e responde em liberdade.
Os outros réus – a mulher de Justo e o cunhado – são acusados de fraude processual por terem retirado do carro do empresário um equipamento que aumenta a velocidade do veículo. Para isso eles teriam subornado com R$ 5 mil um funcionário do pátio para onde o carro foi levado após o acidente.
O caso foi denunciado pelo Ministério Público, mas como houve muitos recursos, só em maio a Justiça manteve o recebimento, marcando então a data. Mesmo com a audiência de ontem, ainda não foi marcada nenhuma data para júri popular. Outras testemunhas precisam ser ouvidas, incluindo uma que não foi intimada e outra que está morando fora de Araçatuba.
Mesmo depois de todas essas oitivas, os réus serão pronunciados para ir à júri popular, o que deve acontecer só depois que todos os envolvidos forem ouvidos e não houver mais contestações por parte dos advogados. Se condenado, o empresário pode pegar de 12 a 30 anos de prisão pelo crime de homicídio doloso. Os outros réus podem pegar de três meses a dois anos de prisão se condenados por fraude processual.
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