Recentemente um motociclista morreu em um cruzamento no bairro Hilda Mandarino, em Araçatuba, após a moto que ele conduzia ter sido atingida por um caminhão que invadiu a preferencial. Outro motociclista morreu da mesma forma, menos de dois anos antes, nesse mesmo cruzamento.
O que chama a atenção é que as vias nesse cruzamento têm placas de parada obrigatória, mas moradores disseram que muitos motoristas desrespeitam a sinalização.
Se acidentes desse tipo ocorrem com frequência em locais sinalizados, imagina onde não há sinalização? E há muitos cruzamentos sem sinalização nessa região da cidade, conforme já noticiado pela Folha da Região em matéria publicada em março.
Na ocasião, uma moradora no bairro Pinheiros – não quis se identificar – enviou à reportagem relação com várias ruas que estava sem placas de parada obrigatória no próprio Pinheiros e nos bairros Araçatuba G, Country Ville, Ivo Tozzi e Hilda Mandarino. O levantamento foi feito por ela durante as férias de final de ano.
SEM SOLUÇÃO
Aproveitando as férias de julho, a moradora percorreu novamente ruas desses bairros e notou que muito pouca coisa tinha mudado. Por isso, com a ajuda de um afilhado, ela passou a produzir placas de EVA (Espuma Vinílica Acetinada), muito utilizada para fazer artigos de decoração.
A reportagem encontrou duas dessas placas na rua que passa nos fundos de uma escola de ensino infantil no bairro Araçatuba G. Não foi possível identificar o nome dessas ruas porque não havia placas de identificação no local.
No cruzamento anterior à escola, a peça de EVA foi fixada em um poste de energia elétrica e no que fica nos fundos do prédio, no mastro onde havia uma placa de Pare da Prefeitura, que foi arrancada.
Outras placas do tipo foram instaladas em outros cruzamentos, uma delas fixada em um tronco de árvore e outra em um pequeno pedaço de madeira encontrado na calçada. “Aproveitando as férias, eu e meu afilhado começamos a fazer algumas placas de EVA, que é o que eu sei fazer. Só que em alguns lugares, não dá para colocar por não ter o suporte”, explica.
INICIATIVA
A responsável pela produção das placas mora no Pinheiros, mas tem uma irmã que reside no Country Ville, por isso, anda bastante por essa região da cidade. Ela conta que foi por presenciar vários acidentes em cruzamentos nessas localidades que decidiu improvisar a sinalização.
Segundo a moradora, ela solicitou à Prefeitura que instalasse placas indicativas de parada obrigatória nesses cruzamentos e, mesmo com a publicação da reportagem pela Folha da Região sobre o assunto, nada mudou. “Infelizmente eles não fizeram nada, apesar de haver ruas bem perigosas, algumas perto de escolas, nas quais passam muitos carros e motos, então precisa mesmo de pintura de solo e instalação de placas”, afirma.
Como trabalha em dois empregos, a voluntária aproveita o tempo de folga para produzir as placas. Ela afirma que continuará a produção e instalação da sinalização improvisada enquanto a Prefeitura não fizer a parte dela.
Além das ruas nesses bairros, ela disponibilizou a relação de outras vias no Umuarama que apresentariam o mesmo problema, como Manoel Balthazar Sobrinho; a Álvaro Fonseca, nas proximidades da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) não inaugurada; a Renato Prado; a Sílvio José Venturoli; a Aureliano Valadão Furquim; a Joaquim Geraldo Corrêa; a João Batista Botelho; a Dr. Ângelo Brívio e a Aristides Troncoso Peres.
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