Anselmo Luciano de Souza, 42 anos, foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Araçatuba, em julgamento realizado ontem no Fórum da cidade. Ele foi denunciado por homicídio qualificado, acusado de matar o auxiliar de serviços gerais Michael Quesada da Silva, 29, em 23 de julho de 2015.
O réu teve a defesa feita pelo advogado Edson Valarini. Ele pediu aos jurados que absolvessem o cliente dele sob argumento de que ele agiu em legítima defesa ou que fosse desclassificado o crime de homicídio para lesão corporal seguida de morte.
Os jurados não atenderam aos pedidos, mas condenaram Souza por homicídio privilegiado, outra tese defendida pelo advogado. Tanto a defesa como o Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho, pediram que os jurados afastassem a qualificadora de motivo torpe, e foram atendidos.
Segundo a denúncia da Promotoria de Justiça, a vítima manteve relacionamento amoroso com a irmã do réu. E após o término dessa relação ela teria ficado revoltada por não aceitar o rompimento.
Na noite anterior ao crime, Silva foi à casa da ex-namorada e a ameaçou de morte utilizando um revólver. Ele também teria agredido a ex-sogra na ocasião.
Na manhã seguinte, ao saber da ameaça e da agressão, Souza quis se vingar. Ele se apoderou de uma faca e foi até a casa de Silva, que foi encontrado na frente da residência, na rua Ruben Berta, no bairro Rosele. A vítima foi ferida com pelo menos seis facadas, sofrendo lesões no rosto, ombro, pescoço, peito e nas costas.
Silva chegou a ser socorrido por equipe de resgate do Corpo de Bombeiros, mas morreu de hemorragia na Santa Casa, de acordo com laudo de exame necroscópico. Após praticar o crime, o réu fugiu levando a faca utilizada.
A sentença foi proferida pelo juiz Danilo Brait, que presidiu o júri. Ele determinou que a pena seja cumprida no regime inicial fechado, porém, concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade. O promotor de Justiça Adelmo Pinho não deve recorrer.
Comentários sobre esse post