Os furtos de energia elétrica subiram 25% em Araçatuba no primeiro semestre de 2018 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da CPFL Paulista. Foram constatadas 306 fraudes de janeiro a junho de 2017 ante 384 neste ano. Os 922 megawatts-hora furtados na cidade dariam para abastecer 512 casas por um ano inteiro.
Comparativamente, em São José do Rio Preto o aumento no mesmo período foi de 20%: de 443 para 533 irregularidades. A empresa não informou se alguém foi detido ou preso durante as fiscalizações em Araçatuba.
De acordo com a CPFL, o resultado dessa recuperação é fruto da maior objetividade do trabalho desenvolvido pela diretoria comercial do grupo, que vem adotando novas tecnologias e aplicando estratégias de inteligência em seus processos de monitoramento e análise.
Segundo o diretor comercial da CPFL Energia, Roberto Sartori, os investimentos em inteligência no monitoramento têm sido um grande aliado na identificação das fraudes e furtos de energia nas redes da distribuidora.
“A integração com os órgãos públicos e autoridades policiais também tem sido fundamental nessas operações que visam o combate às ligações clandestinas. Todas essas ações possibilitaram a identificação de um número maior de irregularidades na rede em 2018”, afirma.
PREJUÍZOS
As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, também são cobrados dos fraudadores os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa.
Conforme a companhia, as irregularidades contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determina o repasse aos clientes das chamadas “perdas comerciais”, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico.
Outra consequência negativa dos furtos e fraudes de energia é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. “As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. A regularização destes clientes promove cidadania para essa parcela da população e beneficia todos os consumidores com um serviço de melhor qualidade”, afirma Sartori.
Consumidores que adotam esta prática, popularmente conhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.
A fraude e furto de energia também têm um impacto social significativo, uma vez que não há arrecadação de impostos sobre a parcela de energia furtada. Isso diminui a disponibilidade de recursos do poder público para investimentos em saúde, segurança e educação.
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