Para o presidente do Siran (Sindicato Rural da Alta Noroeste), Fábio Brancato, o próximo presidente da República, que será eleito em outubro deste ano, precisará fazer um planejamento para o setor agropecuário e, especialmente, reduzir a carga tributária. “Isso já seria um diferencial”, afirmou Brancato ontem à Folha da Região, durante evento de abertura da 59ª Expô de Araçatuba, realizado pela manhã. Segundo Brancato, o agronegócio paga impostos sobre impostos, com combustível e maquinário, por exemplo, o que dificulta a produção.
Sobre a Expô deste ano, o presidente do Siran disse que o evento está surpreendendo. Ele informou que várias empresas estão retornando para a feira, que tem o dobro de expositores em comparação com o ano passado. O objetivo para a 60ª, que acontecerá em 2019, é dobrar novamente a quantidade de participantes. “O agronegócio precisa mostrar sua cara”, comentou Brancato.
De acordo com ele, a informação obtida pelo Siran é de que a produção de grãos neste ano deve cair cerca de 5% ou 4% se comparada com o ano passado. Porém, mesmo assim, ela será maior do que nos últimos anos, conforme explicou Brancato, apesar de adversidades, como a falta de chuvas e entressafras. O presidente do Siran assinalou ainda que o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio é sempre positivo. No ano passado, foram produzidos cerca de 145 milhões de toneladas de grãos – um recorde em comparação com os últimos anos.
Para ele, é importante mudar a imagem que o agronegócio tem diante da população e da mídia. “Falta no País respeito ao produtor rural. Nós colocamos comida na mesa das pessoas. Falam que somos devastadores, mas não somos. Somos conservadores. Buscamos conservar o solo e nossas águas.
Precisa haver equilíbrio. Produzir com sustentabilidade”, comentou Brancato, que afirmou que o tema da Expô deste ano é a sustentabilidade, principalmente, no que diz respeito à produção de energia renovável. “O homem do campo também produz com sustentabilidade”, comentou o presidente do Siran.

Comentários sobre esse post