O auxiliar geral Izaías Pereira da Silva Lopes, 26 anos, morador no bairro Água Branca 3, em Araçatuba, morreu após ser baleado no início da tarde de ontem. Enquanto ele recebia atendimento médico, um jovem de 19 anos chegou ao hospital dizendo que também foi baleado no mesmo local do primeiro.
Os crimes aconteceram por volta das 12h30, na rua Natalino Pena. Policiais militares foram ao local após denúncia de que havia uma pessoa ferida por disparo de arma de fogo, e encontraram Lopes caído com parte do corpo na calçada e parte na rua. Ele tinha um ferimento na cabeça, provavelmente causado por arma de fogo, e não havia testemunhas.
O local foi preservado pelos policiais, que acionaram o resgate. A vítima foi levada ainda com vida para o pronto-socorro da Santa Casa, e segundo a equipe médica seria submetida a cirurgia.
Durante o atendimento a Lopes, o jovem de 19 anos, residente no bairro Água Branca 1, procurou atendimento médico alegando que foi baleado na perna direita, próximo ao pé, no mesmo endereço onde o auxiliar geral tinha sido ferido.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Rodolfo Carlos de Oliveira esteve na Santa Casa e falou com o jovem, que permaneceria sob cuidados médicos. De acordo com ele, o rapaz disse que passava pelo local quando ocorreram os disparos, que não teriam sido direcionados a ele, que acabou atingido.
Ainda segundo apurado pela polícia, o autor dos disparos teria fugido em uma moto. O delegado Paulo César Caciatori, que estava de plantão na Central de Flagrantes, esteve no local dos crimes para acompanhar o trabalho da perícia.
Durante a elaboração do boletim de ocorrência, a polícia foi informada que Lopes havia morrido, e o corpo seria encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico.
PASSAGENS
A reportagem apurou que Lopes possui passagens pela polícia. Ele foi preso em fevereiro de 2017, em Clementina, junto com outros três adultos e um adolescente de 16 anos, na época, acusados de furtar centenas de peças de roupas de uma loja da cidade.
No final de novembro, ele foi novamente preso na mesma rua, agora por tráfico de drogas, a poucos metros do local onde foi morto. Na ocasião foram apreendidas 30 porções, mas o auxiliar geral negou a propriedade do entorpecente.
O outro jovem baleado na perna também tem passagem por ato infracional de furto, praticado em 2014, quando tinha 15 anos. A DIG irá instaurar inquérito para investigar o homicídio.
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