As investigações apontaram que Agnaldo Fernando de Oliveira, 37 anos, o Agnaldinho, e Edgar dos Santos Silva, 49, o Edgarzinho, ambos de Araçatuba, participaram indiretamente do assalto à empresa de transporte de valores Protege, em outubro do ano passado. Os dois foram processados por outro assalto à mesma empresa, ocorrido no final da década de 1990.
Agnaldinho teria sido a primeira pessoa a ser procurada pela quadrilha, para repassar informações sobre a cidade e a respeito do funcionamento da empresa. Porém, ele foi morto durante confronto com a Polícia Militar ocorrido dois meses antes do crime. Na ocasião, foram apreendidos 120 quilos de maconha e um quilo de pasta-base de cocaína.
A partir de então, Edgarzinho teria assumido esse papel. “Para praticar esse tipo de crime, a quadrilha precisa de informações privilegiadas, e Egarzinho foi fundamental, porque recepcionou o grupo e deu as coordenadas na região”, comentou o delegado Paulo Natal, responsável pelas investigações realizadas pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
Entretanto, ele não participou diretamente do crime porque foi preso pela Polícia Militar por tráfico de drogas no final de setembro, em uma chácara em Birigui. Segundo a polícia, o imóvel pertencia a Agnaldinho.
No final de abril, Edgarzinho foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e colocado em liberdade. Porém, menos de um mês depois foi novamente preso na Bolívia, onde estaria negociando armas pesadas para trazer ao Brasil. De acordo com a polícia, ele permanece preso no país vizinho.
Natal informou que um dos presos durante a Operação Homem de Ferro confirmou, em depoimento, que após o assalto foi procurado por um filho de Edgarzinho cobrando o pagamento pela colaboração do pai. O valor a que ele teria direito não foi informado. Foram realizadas buscas na casa de familiares do araçatubense preso na Bolívia. Diante das informações e materiais apreendidos, a polícia deverá representar à Justiça pela prisão de Edgar dos Santos Silva.
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