O TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) condenou o prefeito afastado de Suzanápolis, Antônio Alcino Vidotti (PSDB), por fraudes em várias licitações. A corte lhe aplicou pena de três anos de detenção, mais 13 dias-multa e um ano de reclusão em regime semiaberto. Além disso, o tribunal determinou a cassação de seu mandato. Porém, pelo fato de Vidotti ser réu primário e ter bons antecedentes, as sanções de detenção e reclusão foram substituídas por prestação de serviço à comunidade por quatro anos e pelo pagamento de 30 salários mínimos para a Prefeitura. Ainda cabe recurso da decisão.
Segundo denúncia do Ministério Público, o chefe do Executivo afastado e outros servidores municipais frustraram e fraudaram, por meio de acordo entre eles, o caráter competitivo de várias licitações, visando obter vantagens indevidas. Eles omitiram e inseriram diversas vezes, prevalecendo-se dos cargos que ocupavam, declarações falsas e diferentes daquelas que deveriam ser escritas em inúmeros certames do município em 2012 – último ano do mandato anterior de Vidotti.
De acordo com a Promotoria de Justiça, instalou-se no departamento responsável por licitações da Prefeitura de Suzanápolis um “esquema criminoso de dispersão do dinheiro público” por meio de certames fraudulentos, com contratos maquiados que eram firmados, mas não executados, causando prejuízo aos cofres municipais e provocando o enriquecimento ilícito de empresas contratadas indevidamente.
A reportagem não conseguiu contato com Vidotti até o momento. Eleito novamente em 2016, ele está afastado do cargo em decorrência das investigações e não chegou a completar um mês à frente do Executivo. Quem administra o município é o vice-prefeito Valter Crusca (MDB).
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