Uma pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP em 97 farmácias e drogarias de 13 cidades do interior e litoral do Estado apontou que a diferença nos preços dos medicamentos chega a 960%. Divulgado ontem, o levantamento do órgão vinculado à Secretaria Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania comparou os valores entre os genéricos, os produtos de referência e também a média dos custos entre as duas classificações. Nesse item, Araçatuba teve destaque.
Em todo o Estado de São Paulo, a média dos preços dos genéricos em comparação aos de referência (de mesma apresentação) teve a maior diferença verificada em Araçatuba, chegando a 60,45%. A pesquisa envolveu sete drogarias da cidade, escolhidas aleatoriamente e 58 medicamentos, sendo 29 de cada classificação.
Com base na diversidade de política de preços adotada pelos diversos estabelecimentos e para que fosse possível efetuar um comparativo, a pesquisa partiu dos seguintes parâmetros: levantar pessoalmente os preços em farmácia/drogaria de médio e grande porte; utilizar como critério o preço com desconto máximo para o cliente comum, independente da exigência de cadastro do consumidor; não considerar os descontos vinculados ao Programa Farmácia Popular.
Entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preço encontrada foi em relação ao antialérgico Claritin 10mg de 12 comprimidos. A variação chega a 150,95%: R$ 50,19, R$ 20 e ao preço médio de R$ 36,39. A diferença de custo chega a R$ 30,19.
A maior diferença entre os medicamentos genéricos foi no custo do anti-inflamatório Nimesulida 100 mg de 12 comprimidos: chega a 350,50%. Os valores são R$ 13,47, R$ 7,64 e R$ 2,99, com uma variação de R$ 10,48.
Delegado do Conselho Regional de Farmácia de Araçatuba e Região, Marco Aurélio Poe Santana explica que existe um valor fixo para os medicamentos, que é estipulado pela câmara de regulação do mercado.
De acordo com ele, a tabela é a mesma para todo o País e sofre apenas a alteração de ICMS de cada Estado. “A lista estabelece o preço que a farmácia paga pelo produto e o valor máximo de repasse ao consumidor. Essa tabela é reajustada uma vez por ano”, conclui Santana.
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