Ainda em ritmo lento, o preço do diesel começa a diminuir nos postos e o gás de cozinha já chegava ontem em distribuidoras e depósitos de Araçatuba. A Folha da Região percorreu alguns dos estabelecimentos e encontrou gás em poucos deles. Quanto ao diesel, postos vendiam o litro com valores mais baixos, mas nem todos com a redução de R$ 0,46 proposta pelo governo federal.
Proprietário de um posto de combustíveis na avenida Ibirapuera, Luiz da Cunha disse ontem à reportagem que já tinha reduzido cerca de R$ 0,30 do valor do diesel e só não diminuiu mais porque não havia recebido esse repasse da distribuidora. Segundo ele, o litro do diesel comum custava R$ 3,88 na semana passada. Ontem, já era vendido a R$ 3,48.
Cunha explicou que ontem adquiriu novo carregamento de diesel já com os R$ 0,46 de redução, mas ainda não recebeu a mercadoria. “Chegando e acabando o meu estoque, podem ter certeza que eu vou diminuir. Se eu pudesse, diminuía até mais, e só não abaixei antes porque o repasse que a Petrobras me deu não tinha sido ainda dos R$ 0,46”, contou.
O empresário afirmou que a nova compra com valor reduzido deverá ser entregue na próxima semana. Em outros postos da cidade também era possível encontrar diesel com preços menores, inclusive com os R$ 0,46 de redução.
É o caso de um posto na avenida Brasília, onde o litro do diesel custava R$ 3,99 na semana passada e ontem já era encontrado a R$ 3,53.
No dia 30 de maio, o ministro da Casa Civil Carlos Marun disse que os postos têm que colocar uma placa com o preço dos combustíveis praticado no dia 21 de maio (início da greve dos caminhoneiros) e o novo preço, mas a portaria publicada no Diário Oficial determina apenas a divulgação. Alguns postos estão divulgando a informação por meio dos frentistas, quando consultados.
GÁS
Já a missão de encontrar gás de cozinha ainda segue difícil em Araçatuba. De oito locais percorridos ontem à tarde pela reportagem, apenas dois tinham o produto: um na avenida Ibirapuera e outro na rua Antônio Gomes do Amaral, no bairro Santana. No primeiro estabelecimento havia chegado 28 botijões; em cerca de uma hora dez tinham sido vendidos. A expectativa é que hoje deve chegar mais botijões.
No outro foram 460 botijões, e quase metade foi comprada. O proprietário Ademar Ferreira de Brito contou que provavelmente hoje não deverá ter mais tantos botijões disponíveis. Nos poucos minutos em que a reportagem esteve no local, a movimentação de clientes foi grande; era um dos poucos estabelecimentos com gás para vender em Araçatuba.
Brito informou que não subiu o valor do botijão, ainda em R$ 65, mas deixou de fazer entregas. “A única coisa que eu fiz foi não entregar mais, porque a gente estava sem o produto e, quando chegou, foi uma loucura. Aí a gente não ia dar conta”.
FILA
O comerciante Fabrício Pachegas, 30 anos, enfrentou fila no domingo (3) para conseguir comprar um botijão de gás em um depósito no bairro Sumaré. Ele contou que pelo consumo médio na casa dele, o botijão que utilizava daria apenas para mais dois dias. Por isso, no sábado foi há vários depósitos na cidade, mas não encontrou o produto.
Revendedor que fica na rua Cussy de Almeida informou a ele que uma carga de gás de cozinha chegaria na manhã de domingo. “Eu acordei cedo e 8 horas fui para o depósito, mas já encontrei fila. Depois de 20 minutos consegui comprar o gás”. Segundo Pachegas, apesar da dificuldade para comprar o botijão, o preço não subiu e ele pagou R$ 65,00.
O proprietário de um depósito de gás no bairro Alvorada acredita que até o final da semana o abastecimento estará normalizado. Na manhã de ontem ele recebeu 15 botijões e por volta das 13h havia apenas alguns no estoque. “Preciso esconder senão acaba tudo. Eu faço uma lista com os nomes dos clientes que nos procuram e quando recebo a mercadoria entro em contato para virem buscar”, explicou.
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