Pacientes reclamam da falta de medicamentos e insumos na farmácia de alto custo de Araçatuba, fornecidos pelo governo do Estado. Alguns remédios estão indisponíveis há mais de seis meses no local. Para não prejudicar o tratamento, os pacientes estão comprando ou recebendo doações.
A professora Laila Dornellas, de 28 anos, é responsável por pegar os medicamentos dos avós, o aposentado Antônio Dornellas, 83 e a dona de casa Dirce Moreira Dornellas, de 78. Ambos fazem uso contínuo de vários tipos de medicamentos para tratamento de hipertensão, Alzheimer e diabetes. Laila explica que, pelo menos cinco remédios são adquiridos na farmácia de alto custo, mas que a falta deles é recorrente. “Há remédios que ficam dois meses em falta. Nunca consigo pegar todos na data certa. Sempre falta algum. A saída é comprar. Todos os filhos se juntam e contribuem”.
Ela explica que, há pelo menos um mês, não consegue pegar o ansiolítico Escilatopram, que nas farmácias custa, em média, R$ 31. “Eu liguei na DRS (Diretoria Regional de Saúde) e fui informada de que não há previsão para a chegada desse remédio. Eu e minha família estamos comprando o que falta, mas, tem gente que não tem condições financeiras para isso”, ressalta.
Transtornos também para pacientes que fazem tratamento contra o diabetes. Faltam insumos e alguns tipos de insulina desde novembro do ano passado. A dona de casa Luciana Roldi Rabal Fiorin, 44, está tendo que gastar quase R$ 300 por mês na compra de fitas Accu Chek, usadas para medir o índice de glicemia do filho Mateus, de 9 anos. A criança foi diagnosticada com diabetes quando tinha apenas um ano de idade e precisa fazer pelo menos nove testes de glicemia por dia. Para cada teste é usado uma fita. A caixa com 50 unidades do produto custa R$ 99, valor que ela está tendo que tirar do próprio bolso.
Comentários sobre esse post