“Que isto é bossa-nova, isto é muito natural”, esse trecho da música “Desafinado”, de Tom Jobim e Newton Mendonça, caracteriza muito bem a Bossa Nova. O gênero que surgiu em meados de 1958, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ganhou o mundo como um estilo musical genuinamente brasileiro. A bossa, que tem na “Garota de Ipanema” a segunda música mais gravada da história, ficando atrás de “Yesterday”, dos Beatles, está completando 60 anos e para comemorar esse marco, a Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba organiza uma apresentação do embaixador da Bossa Nova na França, o cantor Paulo Costta. O show “Ho Ba La La”, será dia 31, às 20h, na Praça João Pessoa.
Por e-mail, a reportagem da Folha da Região conversou com Costta para saber mais de sua carreira e como recebeu o título de embaixador do gênero na França.
Sua carreira começou no Rock, por que mudou para a Bossa Nova?
Comecei como baterista de uma banda pop, ainda adolescente, em Salvador. Depois, já em São Paulo, fiz parte de uma banda que unia Rock, música nordestina, poesia e muita irreverência, a Papa Poluição. Mas sempre fui ligado em MPB, João Gilberto, Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Dorival Caymmi, etc, sempre estiveram presentes em minhas audições e ideias, sempre me atraiu um cantar e tocar de uma maneira mais suave. O rock aconteceu no meu trabalho enquanto tocava nesta banda e, aos poucos, a Bossa Nova foi ficando mais forte no meu jeito de cantar, tocar e compor. Com oito anos, ganhei um pandeiro de minha professora, Mabel Velloso, em Santo Amaro da Purificação que chamei de “Monobossa”.
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