Com um carisma que diz ter herdado de seu pai, Wilson Simonal, o cantor Simoninha se apresenta hoje, em Birigui, cantando sucessos de Simonal e composições próprias. O show acontece na Área de Convivência do Sesc, às 20h, e terá participação da orquestra Jazz Big Band. Juntos, eles apresentam sucessos de Sinomal e composições próprias de Simoninha em um show onde o público poderá participar como protagonista do espetáculo, cantando e dançando.
O grupo Jazz Big Band é formado por saxofones, trombones, trompetes, baixo, bateria e piano. A orquestra proporciona um som diferente para músicas consagradas, com muito swing.
Por e-mail, Simoninha contou um pouco sobre sua carreira e projetos futuros.
Quando você olha para sua a carreira, o que mais se orgulha de ter feito?
Da minha própria carreira, como um todo. De continuar sendo relevante, continuar trabalhando, tendo shows, apresentando-me dentro e fora do Brasil, num país tão difícil, que trata tão mal a música, é motivo de muito orgulho, pois, depois de muito tempo, eu continuo com essa nova geração. Estamos chegando, com novas coisas acontecendo e, manter-me artisticamente relevante é um feito gigantesco.
Ao mesmo tempo, tenho uma admiração muito grande, porque acho que, de alguma forma, eu contribui com muitas coisas, atuando em várias áreas, não só em cima do palco, mas como produtor de disco, na época da Trama, como produtor e diretor de projetos, acho que agreguei na carreira de muitos artistas, em momentos decisivos. Então, tenho orgulho do conjunto que pude fazer, além do palco.
Você começou a sua carreira ainda criança. Como foi isso?
Eu fiz algumas coisas artisticamente quando criança, por causa do meu pai. Subi no palco muito cedo, com seis anos estava cantando com ele no palco do Canecão, no Rio de Janeiro, que foi uma das casas de shows mais importantes, no Brasil, durante muito tempo, entre o final dos anos 60 e entrando na década 70, onde tive o prazer de me apresentar nos anos 2000, antes dela se acabar.
Mas não considero que a minha carreira começou ali, eu estava no meio desse mundo musical, fazia eventualmente, uma coisa ou outra, mas não tinha, necessariamente, uma carreira, tinha coisas eventuais. Eu comecei mesmo, efetivamente, na adolescência, quando montei bandas, grupos, começando a tocar em festas e pequenas boates, a partir daí que considero o meu começo.
Como foi montar a banda Suíte Combo, com João Marcelo Bôscoli?
Foi uma experiência muito importante na minha vida, porque foi um momento com o João, que é um artista e um pensador da música. Nós éramos amigos na infância, dividimos as mesmas origens, de certa forma, como filhos de artistas, no meio desse universo. Então, tínhamos sonhos próximos e foi muito legal fazer uma música que nós acreditávamos e gostávamos.
Seu pai, Wilson Simonal, contribuiu muito para a música brasileira, e com isso vieram as comparações. Como você lida com isso?
Para mim, o Wilson Simonal é um dos grandes gênios da música popular brasileira, junto com outros pilares importantes. Então, acho a comparação exagerada, porque vivemos outros momentos, mundos e histórias diferentes. Mas é natural e sincero esse tipo de coisas e sei que as pessoas fazem isso, na maioria das vezes, naturalmente, de forma espontânea.
Entendo isso com muito carinho, não tenho problema nenhum, fico lisonjeado de ter alguma semelhança, mas entendo que ele teve um papel único na música, como eu tenho o meu. Acho que o importante é respeitar e viver dentro do nosso tempo, do nosso mundo e fazendo o que ele me ensinou, o melhor possível do que a gente quer para o nosso caminho.

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