Um grupo de caminhoneiros de Araçatuba está com os veículos estacionados em frente à distribuidora de combustíveis da Raízen, na estrada rural João Cazerta, desde o início da madrugada desta sexta-feira (25). O manifesto faz parte da greve nacional dos caminhoneiros pela redução do preço do óleo diesel e de outros benefícios para a categoria. A paralisação entra no quinto dia.
Os participantes do protesto afirmam que não impedirão a entrada de veículos para carregar combustíveis no local, porém, mas não deixariam sair. Até o início da manhã, nenhum caminhão-tanque entrou na empresa, que registrou um boletim de ocorrência.
No documento, registrado por uma representante da Raízen, consta que os manifestante estão em frente à distribuidora impedindo a entrada e saída de caminhões, o que impede a distribuição de combustíveis na região. Nele consta ainda, que o boletim de ocorrência é para instruir eventual medida judicial a ser tomada.
Um motorista autônomo que pertence ao grupo de manifestantes informou que os caminhoneiros chegaram ao local por volta da 1h e permanecerão enquanto o governo federal não atender as reivindicações da categoria. “Estamos aqui para poder reivindicar nossos direitos”, afirmou.
Na noite de quinta-feira (24), o governo federal anunciou que houve um acordo com representantes dos caminhoneiros autônomos para suspender a greve.
Entretanto, segundo o grupo que continua parado em Araçatuba, trata-se de um falso acordo, firmado com três sindicalistas que não representam a categoria. “Eles representam 5% da categoria, então não foi válido nada. Nós continuamos na greve enquanto não houver isenção dos impostos da gasolina, do etanol, do óleo diesel e o pedágio do eixo erguido. Não vamos arredar o pé, vamos querer todas as reivindicações”, afirmou um dos caminhoneiros.
Ele disse ainda, que a categoria reivindica o frete tabelado e que o governo federal está virando as costas para os caminhoneiros.
DESABASTECIMENTO
Enquanto a greve nacional entra no quinto dia, muitos postos de combustíveis de Araçatuba amanheceram fechados por falta de combustíveis nas bombas. Onde é possível abastecer, o preço da gasolina, por exemplo, varia de R$ 4,49 a R$ 4,99 o litro.
Entre os caminhões que estavam parados em frente à distribuidora da Raízen na cidade, havia dois caminhões-tanque que iriam carregar na distribuidora. Um dos motoristas informou que não entrou na empresa por solidariedade aos manifestantes e retornou para cidade onde mora com o tanque vazio.
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