Os vereadores da Câmara de Birigui querem que o prefeito Cristiano Salmeirão (PTB) tome providências em relação ao ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Araçatuba Carlos Farias, que atualmente ocupa o cargo de confiança de assessor técnico na gestão do petebista. Os parlamentares receberam uma carta de um munícipe araçatubense, informando que Farias responde a processo por improbidade administrativa conhecido como “caso ERT (Estaleiro Rio Tietê)”.
José Fermino Grosso (DEM), líder da oposição na Casa, disse à reportagem que, em princípio, seus colegas queriam que ele encabeçasse o pedido. Porém, o democrata afirmou que todos os vereadores vão assinar a solicitação de providências, que será encaminhada ao presidente do Legislativo, Vadão da Farmácia (PTB). Caberá a ele repassar o pedido ao chefe do Executivo.
Na carta, o munícipe diz aos parlamentares que foi aluno de Direito de Salmeirão e que admirava sua conduta na época em que o petebista foi presidente da Câmara. Porém, ele afirmou no documento que achou estranha a nomeação de Farias para cargo comissionado na Prefeitura de Birigui, por conta de ele ter sido denunciado na ação do Ministério Público Federal. O araçatubense ainda comentou que tentou audiências com o chefe do Executivo para falar do assunto, mas não conseguiu.
Em outubro de 2014, o MPF ingressou com ação contra Farias, o ex-prefeito Cido Sério (PRB) e outros 25 acusados, entre empresas e pessoas físicas, por causa da suspeita de direcionamento de licitação da Transpetro – braço logístico da Petrobras – para a instalação do estaleiro em Araçatuba, que visava construir comboios para o transporte de etanol pela hidrovia Tietê-Paraná. O processo tramita na Justiça Federal em Araçatuba.
Um dos indícios da irregularidade do certame é que a área onde ficaria o estaleiro já havia sido definida antes mesmo da abertura da concorrência. O empreendimento foi instalado em terreno que havia sido doado pelo município à Cooperhidro no passado, mas que havia voltado a pertencer à Prefeitura de Araçatuba. Porém, mesmo assim, a Cooperhidro arrendou o local ao consórcio ERT. Além de secretário municipal, Farias também já foi diretor-presidente da Cooperhidro.

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