A via Aguinaldo Fernando dos Santos, importante ligação entre a zona norte e a região central de Araçatuba, tornou-se motivo de preocupação para os usuários. O tráfego de veículos é intenso, pois há dois condomínios residenciais instalados e outros dois loteamentos em construção nas imediações.
O trecho entre o último condomínio habitado e a rotatória de acesso à rua Aviação foi asfaltado pela iniciativa privada no primeiro semestre de 2016. Porém, aparentemente, desde a inauguração a via não recebe manutenção por parte da administração municipal. Falta sinalização, iluminação e o mato toma conta do que deveria ser o acostamento.
Outro problema apontado pelos usuários da via é um lixão a céu aberto. Ele fica ao lado de uma mina d’água que é utilizada diariamente por dezenas de pessoas que abastecem galões para uso doméstico.
Quem procurou a Folha da Região para reclamar das condições da via Agnaldo Ferreira dos Santos foi o aposentado João Geraldo, 74 anos. “A prefeitura faz a manutenção da via até à rotatória que faz a ligação com a Olegário Ferraz, mas após esse ponto não é feito nada”, afirma.
Com relação ao lixão a céu aberto que surgiu à beira do asfalto, ele comenta que por ser uma APP (Área de Preservação Permanente), não deveria ser permitido o descarte de materiais como acontece. “A água daqui é muito boa, mas fica difícil de consumi-la com esse lixo em volta. Nós ficamos sem saber se há contaminação ou não”, argumenta.
De acordo com o aposentado, as próprias pessoas que buscam água na mina muitas vezes aproveitam para descartar o lixo no local. “Já vi pessoas tirando sacola de lixo de dentro do carro e jogando aqui”, revela.
PERIGO
A reportagem percorreu a via Aguinaldo Fernando dos Santos no final da manhã de quarta-feira (16) e encontrou uma grande montanha formada por todo tipo de material em uma área próxima à mina d’água. Ao lado do lixão existe um pequeno lago, no qual um tratorista retirava água utilizando uma bomba. Ele disse que usaria a água para irrigar uma plantação. “É triste ver esse lixo aqui. As pessoas não têm jeito mesmo”, comentou.
O local onde as pessoas buscam água fica a menos de 100 metros desse lago. Como o acesso à área é irregular, os motoristas se arriscam ao entrar e sair do asfalto. No sentido à rua Aviação existe uma lombada antes da mina, o que não acontece no sentido contrário. Além disso, a placa que indica essa lombada está encoberta pelo mato existente à beira do asfalto. A vegetação tem mais de dois metros de altura.
PROVIDÊNCIAS
A prefeitura informa por nota da assessoria de imprensa que tem feito estudos para desafogar o trânsito nessa via, inclusive com apoio da iniciativa privada. Entretanto, por enquanto não há nada definido para ser divulgado.
Sobre o descarte irregular de todo tipo de material em uma área à beira do asfalto, a administração municipal afirma que faz a limpeza do local a cada 15 dias. “Já foi colocada placa indicando a proibição do ato, mas ela foi arrancada”, informa.
O município lembra que são investidos anualmente R$ 2 milhões com a limpeza de pontos de descartes ilegais de despejos sólidos como estes na cidade, e pede à população que descarte esse tipo de material em local adequado.
Há projeto para implantação de sete ecopontos na cidade e, de acordo com a Prefeitura, um deles – na avenida Juscelino Kubitschek – fica próximo à rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463) e está em fase avançada de instalação. Há outro, em fase inicial, no bairro São José. (Colaboração de Heloisa Alves)
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