Começaram na segunda-feira as inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que neste ano, assim como em 2017, acontecerá em dois domingos, nos dias 4 e 11 de novembro. As inscrições vão até o dia 18 de maio.
A única mudança entre 2017 e 2018 foi o aumento de meia hora no segundo domingo de prova, para dar mais tempo aos candidatos.
Foram 1.389.270 inscrições nas primeiras 24 horas após a abertura do sistema, por volta das 9h da segunda-feira (7). O balanço foi divulgado ontem pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
De acordo com a professora da Redação e Língua Portuguesa, Ayne Salviano, o Enem é uma prova cidadã, que cobra conhecimentos que auxiliam as pessoas a resolverem problemas no dia a dia. “A teoria não serve pra muita coisa. O que resolve é aplicar o conhecimento na prática. Então, a decoreba não funciona. Mas o que o Enem cobra mais é leitura e interpretação de texto. Todas as questões têm texto de apoio, pergunta e alternativas, é preciso ler tudo com paciência para não errar a leitura”, afirma.
Segundo ela, a redação continua sendo a parte mais temida da prova. “Os temas geralmente estão relacionados a problemas enfrentados pela sociedade brasileira e que são notícias na mídia. Com exceção do tema do ano passado, que abordava uma temática bem específica, a questão do surdo no ambiente escolar, os demais temas trataram de problemas gerais que os brasileiros precisam resolver, como a persistência da violência contra a mulher”, afirma.
“Se pensarmos em temas abrangentes, poderemos ter caminhos para combater o avanço do aedes aegipty e suas doenças no Brasil; a questão da diminuição da maioridade penal; o aumento do suicídio entre os jovens; a questão da obesidade como problema de saúde pública; como preparar o Brasil para o envelhecimento da população; como resolver a questão dos imigrantes (venezuelanos, sírios, haitianos)”, completa.
Entre as outras possibilidades, a professora acredita que temas como sustentabilidade versus desenvolvimento, liberdade de expressão e imprensa, violência e suas várias facetas, como nas redes sociais e no assassinato brutal da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, também podem ser “cobrados” no exame.

Comentários sobre esse post