Desde ontem (8), quem precisa comprar gás para uso industrial ou comercial – aqueles com os botijões maiores que os de cozinha – já está pagando mais caro. A Petrobras aumentou em 7,1%, em média, o preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para as distribuidoras.
A companhia tem como base o preço de paridade formado pelas cotações internacionais mais os custos de transporte e taxas portuárias.
De acordo com a Petrobras, essa paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos.
Além disso, o preço médio considera uma margem que cobre os riscos. Segundo a Ultragaz, empresa que distribui o GLP envasado em Araçatuba e em todo o Brasil, o aumento já está valendo e os distribuidores que comprarem o produto estão pagando o novo preço.
BOTIJÃO COMUM
Por enquanto, o botijão de gás de cozinha comum, de 13 quilos, não vai ter mais um reajuste. Para o consumidor final, o gás de cozinha ficou 16% mais caro em 2017 e foi um dos vilões do orçamento dos brasileiros no ano passado. Além disso, a Petrobras definiu que o preço do botijão de 13 quilos será reajustado a cada três meses.
Porém, no mês passado, a estatal anunciou uma redução de 4,4% no preço do gás de cozinha embalado em botijões de até 13 quilos. O preço para as distribuidoras passou para R$ 22,13 o botijão ante R$ 23,16 em 19 de janeiro. Ainda em abril, os dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo) apontavam que o valor médio do botjião de gás ao consumidor final era de R$ 66,77.
Em Araçatuba, esse botijão custa atualmente, em média, R$ 65. Os preços médios dos outros, de 20 e 45 quilos, giram em torno de R$ 125 e R$ 240, respectivamente.
Com o reajuste, passarão a custar R$ 133 e R$ 256, também na média. O aumento vai afetar principalmente os donos de restaurantes e quem utiliza esses botijões em máquinas empilhadeiras. É o caso do empresário Marc Pereira, sócio de dois restaurantes em um food park na avenida Joaquim Pompeu de Toledo.
Segundo ele, nos dois restaurantes são utilizados, no total, cinco botijões de 45 quilos por mês, o que dá um gasto de R$ 1.125, considerando o valor de R$ 225 por cada.
Com o aumento, o gasto ultrapassará R$ 1,2 mil por mês. Só que o empresário acredita que o reajuste de 7,1%, autorizado para as distribuidoras, poderá chegar mais alto para o consumidor final.
“Vai ser impossível não reajustar os preços nos dois restaurantes. Tudo está mais caro e, para nós, não vai chegar só a 7,1% de reajuste”, lamenta. “Com tanto reajuste, e estamos segurando os preços há dois anos. Precisamos reajustar um pouco e diversificar com produtos mais acessíveis também”, completa.
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