Em visita a Araçatuba sábado (5), o deputado federal Major Olímpio (PSL), pré-candidato a senador que assumiu o comando estadual do partido em março, disse que a direção regional da sigla deve ser trocada, porém, sem revelar data. Atualmente, o comando regional do PSL é do vereador e sindicalista Denilson Pichitelli e a expectativa é que o empresário Rodrigo Andolfato assuma a função nos próximos dias.
Olímpio esteve em Araçatuba para participar de um “adesivaço” organizado pelo Movimento Direita Alta Noroeste para divulgar a pré-candidatura à Presidência da República do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo o deputado, Andolfato, que além de empresário é fundador do Ilan (Instituto Liberal da Alta Noroeste), estaria mais alinhado com as diretrizes do partido, que tem como foco o apoio a Bolsonaro para a Presidência. “É uma mudança natural”, afirmou Olímpio sobre a troca de direção.
Por telefone, Pichitelli, que se encontrou com o deputado sábado à tarde, disse à Folha da Região que está tranquilo quanto a mudanças e se isso acontecer vai aceitar a decisão do partido. O sindicalista lembrou que participou de reunião em São Paulo, onde a direção estadual da sigla informou que “onde tivesse vereador não iam mexer” e que a informação que tinha é que o partido poderia abrir espaços para novos nomes em outros cargos.
Olímpio disse que atualmente a força do PSL (partido considerado “nanico”) cresce justamente por causa de Bolsonaro, que tem se tornado, segundo ele, um “fenômeno”, com seu “perfil, honradez e compromisso”. O deputado acredita que o partido deve ter a maior arrecadação entre todas as siglas por causa dos seguidores de Bolsonaro. “A nossa campanha vai ser toda custeada com recursos próprios ou pelo crowfunding, que é a caixinha virtual. E com certeza a gente deve arrecadar R$ 70 milhões, que é o limite de gastos de campanha estabelecido pela Justiça Eleitoral”, completa.
‘ADESIVAÇO’
O “adesivaço” aconteceu sábado em frente ao prédio da Justiça Federal, na avenida Joaquim Pompeu de Toledo. Uma bandeira verde e amarela foi estendida com a ajuda de um guincho e chamou a atenção de quem passava pela avenida. Por pouco mais de uma hora, filiados do partido, membros da organização, Olímpio e simpatizantes de Bolsonaro gritavam palavras de ordem e chamavam a atenção dos motoristas para colar adesivos nos veículos. Em seguida, Olímpio participou de reunião com membros do PSL e voltou a São Paulo.
Em entrevista à coluna Periscópio da edição de sábado da Folha da Região, Andolfato disse que, embora “odeie candidatos messiânicos”, pretende votar em Bolsonaro, “pois ele representa o anseio da população pelo direito a matar o invasor de sua propriedade privada, na defesa de sua vida, de sua família e de seus bens”. “É inegável que o povo percebeu que queremos apenas o direito de proibir a entrada em nossas cercanias de qualquer um, incluindo o Estado”, afirmou Andolfato. Para ele, Bolsonaro é a ponte para a desestatização do Estado grande.
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