A Justiça de Valparaíso mandou a prefeitura afastar do cargo a funcionária pública Gisele Salesse por fraude na emissão de notas fiscais.
Ela ainda será processada por improbidade administrativa, junto com outros quatro servidores e uma empresa de shows de Pereira Barreto. A decisão teve como base ação do Ministério Público.
A servidora chegou a ameaçar de morte o prefeito Lucio Santo de Lima (MDB) após ser afastada. A ameaça foi registrada na Polícia Civil em boletim de ocorrência (veja ao lado).
De acordo com o MP, as investigações começaram com uma denúncia de que a prefeitura tinha contratado o carro de som de uma empresa de publicidade, em dezembro passado.
O valor cobrado por essa empresa foi R$ 2,8 mil. A prefeitura precisava de nota fiscal e o sócio da empresa teria fornecido a senha dele de um sistema eletrônico a uma funcionária que faz a contabilidade da prefeitura.
No entanto, conforme o MP, esse sócio foi conferir eletronicamente as emissões de documentos e percebeu que houve notas a mais do que as que ele forneceu – uma no valor de R$ 5.820 e outra de R$ 3,4 mil, sendo as duas pagas por meio de uma conta corrente em nome da Prefeitura de Valparaíso.
O sócio da empresa procurou o MP, que instaurou inquérito para apurar essas emissões fraudulentas. Gisele soube da investigação e cancelou no sistema essas notas.
De acordo com o MP, durante a fase de inquérito, descobriu-se que a servidora teria feito a mesma operação com outras empresas. Ela acabou denunciando funcionários que atuam no mesmo departamento e que saberiam das fraudes, além da participação de uma empresa de shows de Pereira Barreto.
A empresa teria, segundo o MP, emitido uma nota fiscal para a prefeitura, a pedido de uma funcionária, para substituir um dos documentos por ela cancelados no começo das investigações da Promotoria. No total, o prejuízo foi de R$ 41.490, segundo apurou o MP.

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