Logo após os integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deixarem a fazenda Santa Cecília, em Araçatuba, no final da manhã desta terça-feira (24), o gerente da propriedade procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência de furto.
No documento ele cita que foram furtadas cinco baterias de tratores que estavam na fazenda, ferramentas e equipamentos agrícolas, um cofre com documentos públicos e particulares, e uma câmera de DVD, um gravador e um alarme. Também foi comunicada a queima das lascas de aroeira, denunciada à Folha da Região pelo empresário Oscar Maroni Filho na segunda-feira (23).
O gerente cita para a polícia o ex-presidente local do PT, Fernando Zar, como sendo o representante dos acampados, que segundo ele, deixaram a propriedade às 11h45. Também foi comunicado que os manifestantes picharam muros e fachadas da entrada, da sede, do clube e do almoxarifado da fazenda.
Sob o fato de ser chamado de aliciador, Maroni Filho disse que acredita na liberdade da sexualidade humana. Ele, que é proprietário do Bahamas Hotel Club, foi condenado em primeira instância a 11 anos e 8 meses de reclusão pelos crimes de favorecimento à prostituição e manutenção de local destinado a encontros libidinosos.
Porém, recorreu em liberdade e conseguiu reverter a decisão, sendo absolvido em abril do ano passado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob argumento de que só pode ser considerado casa de prostituição, o estabelecimento dedicado exclusivamente a promover sexo pago.
Fernando Zar negou ser representante dos acampados e disse que foi até a fazenda apenas para dar apoio a eles no momento da desocupação, acompanhando do lado de fora.
Sobre o ato político, ele citou que também quis chamar a atenção para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), injusta, de acordo com Zar, e entre outras coisas, para a morte da vereadora carioca Marielle Franco.
Com relação ao possível furto, questionou o fato de antes mesmo da desocupação já haver informação sobre o possível crime.
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