A Justiça de Birigui absolveu um guarda civil municipal de Birigui, denunciado pelo Ministério Público por violência doméstica, acusado de agredir a própria mãe. O caso aconteceu em setembro do ano passado, quando a mulher tinha 61 anos de idade.
A decisão é do juiz da 2.ª Vara Criminal, Leonardo Lopes Sardinha, e foi proferida na última sexta-feira (20). Nela, ele cita que apesar de o inquérito estar bem instruído, na fase judicial não ficou comprovada a denúncia, “restando fundadas dúvidas sobre a eventual ocorrência de legítima defesa”.
O caso aconteceu no Jandaia Residencial Parque, onde o réu foi encontrado no início da tarde de 13 de setembro. Consta na sentença, que em interrogatório o guarda disse que foi à casa da mãe para ver a filha dele, discutiu com uma irmã, a qual foi retirada do local por outra irmã. Porém, devido ao desentendimento, a mãe dele se aproximou e desferiu um soco no rosto dele.
O réu alegou que, por reflexo, tocou a mão na mãe, foi mordido, e ao tirar a mão da boca dela sentiu algo quebrando. Ele só percebeu que o dente da genitora havia caído ao ver a boca sangrando. Porém, as irmãs o acusaram de agressão e ele permaneceu no local, aguardando a chegada da polícia.
DIFÍCIL
Em depoimento, a mãe do réu disse que o filho é uma pessoa difícil e, ao perceber que ele ficou agressivo, interveio para proteger a neta da situação desagradável.
Afirmou que foi xingada pelo réu, que várias vezes colocou o dedo próximo ao rosto dela, por isso deu um tapa no rosto dele, exigindo respeito. Ela disse que voltou à cozinha para preparar o almoço e foi surpreendida pelo filho, que lhe deu uma “gravata”.
Segundo a vítima, as filhas dela tentaram separá-los e não sabe se foi atingida por um soco ou pelo cotovelo do filho. E confirmou ter mordido o réu por ele estar com a mão na boca dela, dizendo que o dente caiu devido às agressões anteriores.
As duas irmãs do réu afirmaram em depoimento que ele foi agredido com um tapa dado pela mãe devido aos xingamentos sofridos, mas depois a surpreendeu, quando ela estava na cozinha. Uma delas disse que o réu queria ir embora, mas foi impedido.
O comandante da Guarda Civil Municipal depôs em favor dele, por acreditar na versão do guarda, que por conhecer os procedimentos legais não permaneceria no local se tivesse cometido algum crime.

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