Foi reaberta ontem a clínica de estética interditada pela Vigilância Sanitária de Araçatuba. O proprietário foi procurado pela Folha da Região na quinta-feira para falar a respeito da interdição, mas ele não foi encontrado. Ontem, por meio de seu advogado, ele procurou o jornal para se manifestar.
Em nota enviada, a diretoria do Centro de Estética Araçatuba informou que uma “denúncia infundada” levou a Vigilância Sanitária de Araçatuba a interditar a clínica do dia 26 de novembro ao dia 13 de dezembro.
“No dia 23 de novembro recebemos a visita de um fiscal da Vigilância Sanitária de Araçatuba, questionando uma suposta denúncia e após fazer toda a inspeção de praxe, nada foi constatado de anormal, tratando-se, portanto, de uma denúncia infundada. Apenas com relação à documentação que se encontrava desatualizada e o fiscal determinou que fosse regularizada e assim foi feito” diz trecho da nota.
“Na quinta-feira, dia 13 de dezembro, após apresentação de toda a documentação regularizada, a Centro de Estética Araçatuba foi novamente reaberta ao público e todo cliente que se sentir prejudicado pelo tempo em que a clínica ficou interditada, pode nos procurar para que possamos solucionar sem qualquer problema. Queremos deixar claro que após as inspeções nada foi constatado nada sobre as denúncias e o Centro de Estética Araçatuba está aberto ao público, sendo totalmente idôneo e confiável”, conclui a nota.
Em reportagem publicada na edição de ontem, pacientes relataram a dificuldade em receber o dinheiro pago por procedimentos não realizados por conta da interdição da clínica. No mês passado, um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil informando que uma funcionária encontrou produtos aparentemente adulterados. Esses produtos seriam enzimas, usadas na eliminação de gordura. Para fazer o produto render, a suspeita é que houve adição de água destilada e água de injeção.
Funcionários ouvidos pela reportagem também alegam que o local não tinha condições de higiene. O banheiro, por exemplo, ficou cerca de seis meses sem limpeza. Outra questão abordada pelos funcionários são problemas trabalhistas. Muitos deles estão com salários atrasados, sem férias e benefícios. No entanto essas questões trabalhistas estão sendo apuradas por outro órgão.
Comentários sobre esse post